Lema escolhido para o Dia dos Direitos Humanos, celebrado dia 10, foi “Abracemos a diversidade”
O lema para o Dia dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro, foi “Abracemos a diversidade”. A escolha aconteceu, segundo a sul-africana Navi Pillay, comissária da Organização das Nações Unidas, porque a discriminação ainda está presente em todos os lugares e em todas as camadas da população no mundo. “Discriminação não faz sentido. Nem humano, nem social, nem econômico. Mas, infelizmente, segue prevalecendo”, lamentou Pillay.
Para ela, é fundamental que as pessoas reflitam sobre a discriminação e fez até uma mea-culpa: “Por ter crescido na África do Sul e ter sofrido racismo, eu, como muitos, considerávamos os brancos em geral como opressores, não como seres individuais. Depois, quando crescemos, o estereótipo se mantém, e é preciso lutar contra ele”, disse a ativista, que mostrou-se preocupada com a situação dos imigrantes. “Todos os emigrantes têm direitos e devem ser protegidos”, enfatizou.
A alta comissária também se referiu às mulheres e à dupla e múltipla discriminação que elas sofrem no mundo todo. “Embora as mulheres trabalhem dois terços do total das horas trabalhistas em nível mundial, e produzam a metade da totalidade dos alimentos no mundo, recebem apenas 10% das receitas e possuem menos de 1% das propriedades”, disse.