Oposição desqualifica resultado e diz que objetivo é desestabilização
A última pesquisa de opinião entre eleitores brasileiros com relação à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou um empate técnico entre José Serra e Dilma Roussef. De acordo com a sondagem da Sensus, o ex-governador de São Paulo teria 32,7% das intenções de voto contra 32,4% da ex-ministra da Casa Civil.
A oposição, no entanto, desqualificou a amostragem, encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo. Isso porque argumentam que a entidade é claramente favorável à candidata do governo e que a sondagem teria o único objetivo de impactar negativamente a campanha de Serra. Para aumentar a confusão, num primeiro momento, a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o nome de outro contratante, erro já corrigido pela Sensus.
“Essa pesquisa é contraditória. A intenção foi jogar uma ducha de água fria no entusiasmo oposicionista”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Já o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, criticou a postura da oposição: “As acusações de favorecimento são infundadas, até porque temos militantes pró-Dilma e pró-Serra. A pesquisa é uma informação democrática”.
Os resultados mostraram ainda que Ciro Gomes (PSB) teria 10,1% das intenções de voto e Marina Silva (PV), 8,1%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O levantamento foi feito entre os dias 5 e 9 de abril em 24 Estados, com duas mil entrevistas. A mesma pesquisa mostrou também que a avaliação positiva do Governo Lula é alta – na faixa de 72,8%.
