Histórico

Petrobras produzirá energia a partir da cana-de-açúcar

Nova técnica será colocada em prática a partir de 2012

A Petrobras irá ingressar na produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar, revelou a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria da Graça Foster. A companhia pretende colocar em operação até 2012 o projeto da térmica a biomassa Britarumã, com 60 MW de potência instalada e localizada no Estado de Goiás. “Começamos modestamente, mas temos uma meta de alcançar entre 1 mil MW a 1,5 mil MW de geração de eletricidade a partir do bagaço da cana”, afirmou.

A entrada da companhia na co-geração integra a estratégia de diversificar a carteira de projetos em geração. Até 2012, a meta é adicionar ao seu parque gerador 1,774 mil MW de capacidade instalada. Desse volume, 548 MW virão de térmicas a gás natural, 904 MW em usinas a óleo e 262 MW de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), além dos 60 MW da térmica a biomassa. “Com isso, a Petrobras se apresenta ao mercado como um gerador de eletricidade de fontes diversificadas”, disse a executiva. Esses novos empreendimentos demandarão R$ 3,2 bilhões de investimentos da estatal.

Lula critica preço do petróleo: “é inconcebível”

O preço do barril de petróleo a US$ 145 é “inconcebível”, na opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta semana, em paralelo à reunião anual de cúpula das sete economias mais ricas e a Rússia, o G-8, Lula sugeriu ao diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que a instituição apresente explicações às sociedades e aos governos dos países membros sobre a especulação no mercado futuro de petróleo e de alimentos. Os ministros de Economia dos países do G-8 já haviam repassado ao FMI, no mês passado, a tarefa de realizar um diagnóstico sobre essa interferência da elevação dos preços do petróleo nas cotações das commodities agrícolas. Lula lamentou que essa vinculação continue ignorada pelos países do G-8. “Ninguém quer discutir esse impacto que, no Brasil, chega a 30% do custo dos alimentos. Fico imaginando nos países menores, que não têm petróleo, como isso é ainda mais pesado. Isso implica nos fertilizantes, no frete e na energia consumida. É preciso ter um diagnóstico correto”, disse Lula à imprensa.

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