Histórico

Pior chuva em mais de 40 anos causa mortes e paralisa Rio de Janeiro

Estado ficou um caos depois de temporal que matou mais de 150

O pior temporal das últimas quatro décadas no Rio de Janeiro castigou a ‘Cidade Maravilhosa’ esta semana, deixando um rastro de destruição e pelo menos 150 mortes. A chuva atingiu também municípios vizinhos, como Petrópolis (Região Serrana), São Gonçalo (região de Niterói) e Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um apelo para que moradores ficassem em casa. “Não corram riscos tentando atravessar os alagamentos. A situação é crítica, enquanto a chuva não baixar dificilmente a gente consegue mudar esta situação”, disse o prefeito. Ainda há desaparecidos e o mau tempo deve permanecer durante o fim de semana na região.

Para os que moram nas encostas e locais de risco, a ordem dada pelas autoridades foi outra: abandonar imediatamente suas residências. “Sabemos que é triste perder suas coisas, mas pior é perder a vida”, disse o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, lembrando que a maior parte das vítimas fatais veio de deslizamentos de terra. O governador do Rio, Sérgio Cabral, decretou estado de calamidade e emergência no estado.

A média de precipitação na cidade bateu recorde na semana. Foram mais de 350mm em poucos dias, bem acima das últimas chuvas torrenciais que atingiram o Rio de Janeiro nas enchentes de 1996 e 1988. Muitos bairros ficaram sem energia e algumas das mais importantes vias foram interditadas ao tráfego. “Não vou me eximir de culpa, mas o que aconteceu é absolutamente atípico”, defendeu-se o prefeito, confirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu ajuda federal. A cidade, que vai receber a final da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016, precisa melhorar muito sua infraestrutura.

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