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FMI e União Europeia oferecem pacote de 110 bilhões de euros para a Grécia, mas cobram arroxo na economia

Com a economia fragilizada, a Grécia aceitou o socorro financeiro proposto pelo Fundo Monetário Internacional e pela União Europeia, no valor de 110 bilhões de euros (o equivalente a 150 bilhões de dólares), o maior já concedido a um país. O preço a ser pago pela ajuda provocou uma reação imediata do povo: desde o início da semana os gregos ocupam as principais ruas da capital, Atenas, em protestos contra as medidas de austeridade fiscal impostas pelo governo – entre elas o congelamento de salário, corte de benefícios aos aposentados e taxação adicional de alguns produtos.

Contrária ao arroxo na economia, a população ocupou pontos turísticos para chamar a atenção do mundo para o seu descontentamento. Os confrontos com policiais foram inevitáveis e muitos trabalhadores do setor público cruzaram os braços em uma greve geral. “Temos de fazer a escolha entre o colapso e a salvação. São metas ambiciosas e de difícil de consolidação fiscal e sei que vamos exigir grandes sacrifícios do povo grego, mas o fracasso do programa pode colocar a Grécia num beco sem saída”, comparou o ministro das Finanças do país, George Papaconstantinou (foto), sem contudo conseguir o apoio às medidas.

As maiores críticas são quanto ao corte nos salários, já que os funcionários públicos vão deixar de receber os subsídios de Natal e férias, por exemplo. “É um preço caro demais para a população”, reclamou um trabalhador. A greve geral durou dois dias e paralisou transportes, afetou atendimentos nos hospitais e paralisou serviços básicos. Os manifestantes provocaram um incêndio em um prédio do centro da cidade e três pessoas acabaram morrendo.

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