Histórico

Pressionado, Kadafi diz que é amado pela Líbia

EUA querem que ditador renuncie de imediato e já se preparam para possível conflito

A situação do líder da Líbia, Muamar Kadafi, está cada vez mais insustentável. Apesar de suas declarações de que é amado pelo povo do país, o ditador tem enfrentado cada vez mais a oposição interna e a pressão internacional. Autoridades dos Estados Unidos, por exemplo, já afirmaram com todas as letras que querem ver a renúncia de Kadafi ” e logo. “Vamos manter a pressão política e financeira sobre o país, até a renúncia de Kadafi”, garantiu a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice.

Apesar de não comentar sobre a ajuda financeira e até com armamentos aos rebeldes que querem tirar o ditador do poder que ocupa há mais de 40 anos, a Casa Branca já ordenou que navios e aviões de guerra se posicionem próximo ao território líbio. Do mesmo modo, o Conselho de Segurança da ONU e a Comunidade Europeia já aprovaram sanções ao país do norte da África, enquanto o Reino Unido congelou os ativos da família Kadafi. Até o mundo pop se voltou contra o líder: a cantora Nelly Furtado, que fez um show para a família de Kadafi, prometeu doar o milhão de dólares que recebeu de cachê na oportunidade.

Mesmo assim, o pivô de todos os conflitos que já mataram mais de seis mil pessoas na Líbia, segundo fontes não-oficiais, minimiza os problemas.”Nem que eu quisesse poderia renunciar, pois não sou o presidente. A Líbia é governada pelo povo e eu sou apenas uma dessas pessoas”, disse Kadafi, negando também ter usado a força contra os manifestantes de oposição. Em tom ameaçador, ele afirmou que não vai permitir a entrada dos EUA ou de qualquer outra potência em seu território. “Vou enfiar o dedo nos olhos dos adversários da Líbia”, disse o ditador, apesar de admitir que pode negociar mudanças constitucionais sem violência.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo