Histórico

Produtor do filme “S.O.S”, Júlio Uchoa, conversa com o AcheiUSA

COLABORAÇÃO DE TONIA ELIZABETH

RONIRA FRUHSTUCK
Produtor do filme

“S.O.S Mulheres ao Mar” foi o filme mais votado pelo público e uma sequência para o filme já está a caminho, com filmagens que serão realizadas em Miami, em 2015. Seu produtor, Julio Uchôa, fala, com exclusividade, sobre sua experiência no Sul da Flórida e os novos projetos, assim como o roteirista Sylvio Gonçalves, um dos responsáveis pela trama, que arrebatou o público no festival.

Segundo Júlio, sua experiência em Montevidéu, no Uruguai, é a prova da importância dos festivais: “A possibilidade de apresentar o meu filme numa tela grande, com o público, fez com que o distribuidor decidisse lançar o produto e o meu filme está agora em 20 salas, num país que tem 70 salas! Estou absolutamente encantado com a possibilidade do filme ganhar a América Latina, pois isso faz com que outros países comecem a aceitar o filme brasileiro em seus mercados. Devido à surpreendente receptividade do público em Miami, recebemos até uma proposta para um “remake” em espanhol – uma nova versão para o público hispânico.” Também como consequência do sucesso da produção no evento da Inffinito, Júlio já conseguiu bons parceiros para a sequência do “S.O.S.”, como a Miami Film Comission.

O roteirista Sylvio Gonçalves recebeu a notícia da vitória da produção, no Brasil, e revelou o que o prêmio em Miami significou para toda a equipe: “Ficamos muito orgulhosos com o reconhecimento. Por coincidência, a continuação será rodada parcialmente em Miami e, no momento, eu e o Bruno Garotti estamos trabalhando no primeiro tratamento do roteiro.” Julio Uchôa nos revela que a nova história vai começar em Miami, rodar a Flórida e terminar no México. Aliás, o filme original foi parcialmente gravado no navio Divina, da MSC, atualmente ancorado no Porto de Miami.

Segundo Júlio Uchôa, “o público conseguiu ver a qualidade estética da produção, a qualidade dos atores, a sutileza da empregada brasileira, a boa esposa, a pegadora… todas essas personagens conversaram enormemente com o público. Aonde vai o nosso cinema, vão também os nossos produtos, a nossa maneira de ser, a nossa atitude… Por isso, acho que mesmo os pequenos espaços são sementes para a gente ganhar os grandes mercados.”

Quanto à vitória no festival, ele explicou: “Eu não faço nada sozinho. É uma tribo. A razão de um prêmio para mim é eu poder dar mais um retorno a todo aquele grupo de artistas que pôde trabalhar comigo. Um produtor deve ter um ego muito reservado. A gente faz as coisas para os outros assistirem.”

Júlio elogiou Cris D’Amato: “ela é uma diretora maravilhosa, que sabe extrair o que cada ator tem de melhor.” Sylvio Gonçalves conta que “a ideia do trabalho surgiu com o desejo da diretora de fazer uma comédia sobre uma mulher que faz uma revolução na sua vida amorosa.”

A escolha de elenco, bastante elogiado pelo público, foi realizado pela Cibele Santa Cruz : “Você precisa acertar no elenco. Não basta um bom ator. Tem que ser o ator certo para aquele papel e, no Brasil, a gente às vezes tem dificuldade para fazer esse “casting”, pois os atores tem seus compromissos com televisão, teatro etc. É preciso combinar datas para conseguir aquele ator que você acredita ser perfeito para o papel. E nós rodamos até chegarmos a esse elenco…mas eu acho que o cinema é orgânico, não é uma obra tão fechada quanto parece…”

Julio Uchoa destacou “como é importante a gente ter janelas pelo mundo” e concluiu: “A arte serve para a gente fazer as pessoas pensarem na vida… para surpreender e brincar.”’

E conseguiu.

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