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Projeto imigratório favorecerá Seguro Social

Estudo do órgão do governo conclui que a quantidade de dinheiro será benéfica para o governo

Seguro Social

DA REDAÇÃO COM AP — Uma análise da Administração do Seguro Social concluiu que um projeto bipartidário sobre imigração pendente no Senado enriquecerá o fundo do programa de aposentadoria, ao acrescentar milhões de contribuintes à economia.

A conclusão consta em uma carta ao senador republicano Marco Rubio, que solicitou a análise. O documento foi remetido pelo atuário chefe do órgão, Stephen Gross.

Isto poderá significar um impulso ao projeto imigratório, que foi atacado por alguns conservadores por considerá-lo excessivamente caro, nos momentos em que o Comitê de Assuntos Jurídicos do Senado se prepara para começar a emendá-lo.

A análise de Gross sustenta que o projeto acrescentará mais de 300 bilhões de dólares em receitas líquidas adicionais ao Seguro Social e Medicare na próxima década. Também aumentará o tamanho da economia em um ponto porcentual para 2017, e elevará o emprego.
Gross disse na carta que o efeito geral do projeto sobre o fundo “será positivo” a longo prazo.

O Seguro Social tem problemas financeiros a longo prazo, pois à medida que mais pessoas se aposentam e vivem mais tempo, haverá relativamente menos trabalhadores para contribuir com o sistema. Em 1960, havia 4,9 trabalhadores que pagavam impostos de Seguro Social para cada pessoa que recebia benefícios. Hoje há cerca de 2,8 trabalhadores para cada beneficiário, uma proporção que será reduzida para 1,9 trabalhadores em 2035 sob a lei atual, segundo as projeções do Gabinete de Orçamento do Congresso.

A carta do atuário sugere que o projeto de lei de imigração diminuirá esta tendência. Sob o projeto, haverá quase 6,6 milhões de trabalhadores mais pagando impostos de Seguro Social no ano 2024, segundo as projeções do atuário. Neste mesmo ano, haverá outras 683.000 pessoas que receberão benefícios. Isto equivale a cerca de 10 contribuintes adicionais para cada novo beneficiário.

A análise do Seguro Social é a primeira feita pelo governo que quantifica os impactos econômicos do projeto de lei de grande alcance proposto por Rubio e outros sete senadores, tanto democratas como republicanos. A legislação foi atacada no início desta semana em um controverso relatório da conservadora Heritage Foundation, que assegurou que o projeto custará 6.3 bilhões de dólares ao longo de 50 anos à medida que imigrantes recém-legalizados consumam os benefícios governamentais sem ter de pagar uma quantidade igual em impostos.

A análise do Seguro Social não determina o custo total do projeto. Este número será fornecido pelo Gabinete de Orçamento do Congresso, cujas projeções ainda não foram reveladas.

Mas a análise mede alguns impactos do projeto de lei, cujo objetivo é assegurar a fronteira, criar novas vias para que os trabalhadores entrem legalmente nos Estados Unidos, garantir que os empresários não contratem trabalhadores sem status legal, e abrir um caminho para a cidadania a milhões de pessoas que já estão aqui sem permissão legal.

A análise conclui que dos 11,5 milhões de imigrantes que estão no país sem autorização e serão elegíveis sob o projeto de lei, cerca de 8 milhões solicitarão e obterão o status legal. Muitos se converterão imediatamente em contribuintes, mas o projeto de lei lhes impede de receber benefícios do governo por mais de uma década.

A longo prazo, a maioria destes novos contribuintes eventualmente receberá benefícios, mas o atuário revelou que ainda espera que o projeto de lei melhore a longo prazo a saúde financeira do Seguro Social.

A análise também indicou que as disposições do projeto de lei reduzirão em cerca de meio milhão por ano o número futuro de pessoas que entram no país sem autorização.

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