Histórico

Projeto que dá representatividade aos emigrantes avança no Senado

Parlamentares aprovam, em primeiro turno, proposta de Cristovam Buarque

Finalmente, foi dado mais um passo para garantir aos brasileiros que vivem no exterior o direito de voto em seus próprios parlamentares. O Senado aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que garante representatividade às comunidades de emigrantes. O texto estava na pauta desde 2005, mas graças ao apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi colocado em votação no início de abril.
Sarney recebeu uma comissão de representantes da comunidade brasileira dos Estados Unidos na primeira quinzena de março e prometeu lutar pela criação de uma cadeira parlamentar para os emigrantes. Por sua vez, Cristovam destacou que a iniciativa já foi adotada em outros países. “Trata-se de manter os cerca de três milhões de brasileiros no exterior conectados às suas raízes”, disse o autor da proposta, aprovada por unanimidade entre os 60 senadores presentes à sessão. O próximo passo será aprovar o projeto em segundo turno e depois encaminhada para análise dos deputados federais.
Segundo Cristovam, um projeto de lei complementar definiria quantos e em quais continentes serão eleitos os novos parlamentares. A sua sugestão é de que sejam escolhidos quatro deputados, referentes a quatro grandes colônias de brasileiros ao redor do mundo – eleitos, respectivamente, por emigrantes residentes nos Estados Unidos, Europa, Japão e o outro para as demais partes do mundo. Os eleitos deverão morar no Brasil e trabalhar na Câmara, como os outros 513 ocupantes deste cargo.
Durante o evento ‘Brasileiros no Exterior”, realizado pelo Itamaraty em julho, no Rio de Janeiro, este tema mereceu a atenção dos participantes e o debate caloroso. Vale lembrar que, como citado na ocasião, em Portugal há um deputado só para representar os portugueses que moram no Brasil. Além disso, na Itália e na França, os emigrantes também têm representantes no governo.

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