Histórico

Quadrilha que explorava brasileiras em Angola é presa em São Paulo

Dançarinas brasileiras eram aliciadas em casas noturnas para prostituição

Da Redação com Agência Brasil – Cinco brasileiros foram presos na quinta-feira (24) através da Operação Garina da Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em esquema de tráfico internacional de mulheres. Eles aliciavam as vítimas em casas noturnas da capital paulista com a promessa de que receberiam valores altos em dólares para se prostituírem em Angola, país que fica na Costa Ocidental da África.

Segundo nota da PF, as mulheres eram oferecidas a clientes de alto poder aquisitivo. Dois estrangeiros ligados à quadrilha no exterior também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça Federal e os nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol. Além das prisões, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos.

O caso começou a ser investigado pelos agentes federais há um ano, período em que conseguiram juntar provas de que as vítimas eram aliciadas pelo grupo criminoso em casas noturnas paulistanas. Para atraí-las ofereciam pagamento de 10 mil dólares para se prostituírem pelo período de uma semana.

“Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas anti-aids”, diz o comunicado.

A ação criminosa, que vinha sendo praticada desde 2007, rendeu em torno de 45 milhões de dólares. Os investigados serão indiciados por crime de participação em organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo (exploração de prostituição), estelionato, cárcere privado e perigo para a vida ou saúde de outrem. As penas máximas somadas chegam a 31 anos de prisão.

Segundo a PF, o nome Garina dado à operação significa menina na gíria do português de Angola, principal local de ação dos criminosos.

“Há indícios de que as vítimas foram privadas temporariamente de liberdade no exterior e obrigadas a manter relações sexuais sem preservativos.”

— Polícia Federal

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