Histórico

Quadrilha que falsificava green cards vai para a cadeia

Grupo pertencia a uma igreja em Plantation. Pelo menos 1400 imigrantes ilegais foram lesados

Depois de arrancar quase $4 milhões de dólares de imigrantes ilegais na Flórida, prometendo green cards, uma quadrilha de falsificadores finalmente foi parar na cadeia. Na sexta-feira (26), o quarto e último membro do grupo foi sentenciado. Yvette Rossy Reyes, 24 anos, foi considerada culpada e ficará três anos em prisão federal.

Os outros três membros, Alberto Alers, de 60 anos, sua esposa, Ana Zoila Cáceres, de 61 anos, e o filho dela Jesus Manuel Dorado, de 27 anos, foram sentenciados a dez, oito e cinco anos de prisão respectivamente, em julgamentos anteriores. Yvete foi a última do grupo a ser ouvida pela corte depois que a quadrilha foi presa no início de 2012. Ela aceitou cooperar com a investigação e por isso teve a pena reduzida.

Eles agiam usando como fachada uma igreja, a Seamens Harvest Ministries, em Plantation e um segundo escritório no Swap Shop Flea Market. A quadrilha, disfarçada de ministros religiosos, atuou por cinco anos prometendo ajudar imigrantes ilegais oferecendo documentos que diziam ser verdadeiros. Na papelada, eles diziam que os ilegais seriam ministros da igreja e ou vítimas a procura de asilo político. O governo federal recebeu vários pedidos da igreja, mas negou todos, no entanto o grupo falsificava o green card e entregava o documento às vítimas.

Pelo serviço, os imigrantes ilegais doavam dinheiro ao grupo religioso, em média cada processo custava de $6800 a $25 mil. A Justiça acredita que pelo menos 1400 imigrantes ilegais caíram no golpe que rendeu aos falsários cerca de $4 milhões de dólares. O dinheiro mais tarde era lavado nos cassinos.

No dia 4 de janeiro, Alberto e Ana Zoila voltarão à corte em Miami para que o juiz determine quanto eles devem devolver as vítimas. Alberto, que também dizia ser membro do ICE (Departamento de Imigração Americano), usava uma arma e identidade falsa para ameaçar os clientes que descobriam a falsificação e queriam reclamar do mau negócio. Alers ainda ajudava os ilegais a obter carteira de motorista falsificada.

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