Efeitos do acidente nuclear foram sentidos até no sul da Flórida, mas não representa perigo em nossa região
O nível de iodo radioativo no mar de Fukushima, próximo à usina nuclear avariada desde o terremoto e a tsunami de 11 de março, está 3.355 vezes acima do limite de segurança. A informação foi dada pela Agência de Segurança Nuclear do país, que recolheu amostras nas águas da região onde as autoridades tentam estabilizar o vazamento dos reatores atingidos no acidente nuclear.
Segundo especialistas, o isótopo 131 do iodo se degrada à metade em oito dias e, por isso, acreditam que a vida marinha da região não deverá ser atingida. Mesmo assim, está proibido pescar no mar de Fukushima e cercanias. A luta dos técnicos da usina tem sido evitar que a radioatividade vaze para o mar, especialmente os isótopos mais longevos do iodo e o próprio plutônio. Eles insistem que o problema tão pouco representa um perigo para os seres humanos, mas o êxodo de moradores naquela área é intenso.
Até mesmo o sul da Flórida sofreu os efeitos do vazamento radioativo. Traços do isótopo 131 do iodo foram detectados na nossa região, por monitores ultrasensíveis da FPL (Florida Power & Light) nas fábricas de Turkey Point e Hutchinson Island, no Condado de St. Lucie. Mas para Roger Hannah, porta-voz da Comissão Regulatória Nuclear americana, que também confirmou que quantidades detectáveis da substância foram encontradas em outras áreas dos Estados Unidos, a concentração é muito menor que o nível aceitável e, portanto, não apresenta qualquer ameaça à saúde das pessoas.