Histórico

Rapper Brian Martins

Fly, ou Brian Martins, prepara lançamento do primeiro CD em parceria com o colombiano Polzino

Carlos Wesley

Goste-se ou não do gênero musical, não há como negar: o RAP venceu os preconceitos e há muito deixou as periferias e guetos para conquistar um público variado, de todas as classes sociais. O que pouca gente sabe é que no sul da Flórida, um brasileiro começa a fazer sucesso no ritmo de batida acelerada e letras fortes. Fly – na verdade Brian Martins, um paulistano de 18 anos que mora em Boca Raton – está iniciando na carreira, que já consagrou nomes como Eminem, Snoop Dogg e 50Cent.

Fly chegou aos Estados Unidos ainda criança e foi totalmente influenciado pela música norte-americana, desde hip-hop até pop-rock. Mas foi após uma viagem ao Brasil, já adolescente, quando conheceu o rapper brasileiro MV Bill no avião, que ele recebeu o incentivo que precisava para apostar no seu talento. “Não acreditava que poderia escrever canções de rap, que são normalmente carregadas de protesto e revolta. Afinal, minha vida foi sempre tranqüila junto à família”, explica Fly, que está no último ano da high school e já tem planos para entrar na faculdade de música em 2007.

Por uma destas ironias da vida, a morte do melhor amigo num acidente de carro, há três anos, acabou sendo o ponto de partida para o seu sonho. A letra que escreveu em homenagem ao colega foi tão elogiada, que Fly acabou se convencendo que tinha potencial. E não parou mais de produzir. Hoje suas músicas – em inglês, mas com trechos em português e espanhol – falam sobre garotas, paixões e tudo que diz respeito à juventude, sempre com mensagem positiva, de união dos povos através da arte.

O brasileiro foi descoberto por um empresário, que percebeu o apelo comercial de um gênero novo que misturasse o rap (do inglês rhythm and poetry) e o reggaeton, uma salada de ritmos jamaicanos e latinos. Nascia aí a dupla Fly & Polzino, composta por Brian e um amigo colombiano, parceiros também nas baladas. Os dois já estão selecionando material para o primeiro CD, mas antes querem investir em divulgação. “Já gravamos em estúdio umas 22 músicas, com batidas de outros artistas, e agora queremos nos tornar conhecidos. Depois vamos tentar vôos mais altos”, afirma Fly, fazendo um trocadilho com seu nome artístico.

Recentemente eles fizeram shows na Barry University, em Miami, e na boate Coco Locos, em Fort Lauderdale, com casa cheia e boa receptividade do público. A próxima apresentação já tem data marcada: dia 22 de setembro, no Club Boca, na Powerline Road.

Em relação ao Brasil, Fly guarda boas lembranças da adolescência: as várias opções de diversão em São Paulo e os passeios a Guarujá não saem da cabeça. Por isso procura manter os laços com a comunidade brasileira aqui na Flórida. “É claro que o pessoal gosta muito de música sertaneja e pagode, mas especialmente os mais jovens têm adoração pelo rap e prestigiam meu show. Espero todos lá no dia 22”, finalizou.

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