Histórico

Recessão global é o tema principal do Fórum Econômico Mundial

Encontro acontece em Davos sob a marca do pessimismo

Durante cinco dias, a cidade de Davos, na Suiça, vai sediar mais uma vez o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), com a participação de três mil pessoas, entre líderes mundiais e empresários. A presença de mais de 40 chefes de Estado e governo e outros representantes do setor privado farão do evento um acontecimento sem paralelo nos quase 40 anos de história do WEF, mas não impedirá que o pessimismo domine os debates.

O tema central do encontro é “Moldando o Mundo Pós-Crise”. “A conferência será o local em que os principais agentes poderão discutir essa crise sem precedentes e, ao mesmo tempo, decidir em qual tipo de mundo queremos ver emergir depois dela”, disse o fundador e presidente executivo do Fórum, Klaus Schwab. Para ele, a situação atual vai fazer com que as pessoas reflitam sobre as instituições, os sistemas e acima de tudo, a maneira de pensar de cada um.

Os dirigentes do Fórum criticaram em seu relatório anual a atuação dos governos até o momento para combater a crise. Segundo o Fórum, os pacotes bilionários “ameaçam as já precárias situações fiscais de países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Austrália”. “Esta situação corre o risco de estimular políticas de investimentos perigosas a longo prazo”, assinala o documento.

Na Suíça, a comitiva brasileira está encabeçada pelo chanceler Celso Amorim e pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. O presidente Lula não deverá comparecer ao evento, que se estende até domingo – na abertura do Fórum, ele participou de um congresso em Belém do Pará. Outra ausência ainda mais sentida será a do novo presidente dos EUA, Barack Obama. O país foi representado por Valerie Jarret, conselheira econômica de Obama, e por outros nomes como o do ex-presidente Bill Clinton e do ex-vice Al Gore. 

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