O projeto deixa de fora indocumentados deportados e aqueles que tenham antecedentes criminais
DA REDAÇÃO COM UNIVISION — Os republicanos da Câmara de Deputados podem entregar nos próximos dias o primeiro plano de reforma imigratória que aborda a legalização de milhões de imigrantes indocumentados, divulgou o Noticiero Univision.
O plano, conhecido como Alien Accountability Act, é patrocinado pelo deputado da Califórnia Darell Issa.
Em resumo, a proposta indica que será oferecido àqueles que se qualifiquem um ano de status temporário de não imigrante e permissão de trabalho.
Os favorecidos também poderão obter uma permissão de viagem para sair e retornar aos Estados Unidos.
O status de permanência temporária será renovável e terá duração de até seis anos. Durante este período será determinado aqueles que poderão solicitar a residência e a cidadania, divulgou o Noticiero Univision.
E acrescenta que aqueles que não se inscreverem no programa ou os que não se qualificarem deverão partir voluntariamente dos Estados Unidos.
Comemoram a iniciativa
“O mais significativo neste momento é que haja um republicano que esteja revelando uma proposta para um programa de legalização: Isto é positivo”, disse à Univision Clarissa Martínez de Castro, diretora de Imigração do Conselho Nacional de La RAZA (NCLR).
Martínez disse ainda que a data para se qualificar incluiria mais pessoas, mas acrescentou ter dúvidas sobre se isto leva em conta o fato de as famílias permanecerem unidas.
“É um projeto de lei que pode ser utilizado como um veículo para adiantar esta discussão. E para que o Comitê Judiciário se concentre especificamente em como tirar os indocumentados das sombras”, comentou Alfonso Aguilar, diretor da Latino Partnership.
Dos requisitos para tirar os indocumentados das sombras, o plano de Issa assinala que os imigrantes devem ter permanecido continuamente presentes no país desde antes de 1º de janeiro de 2013, não estar em processo de deportação ou condenado por delito e comprovar suficiência econômica (não será elegível para assistência social ou pública).
Acrescenta ainda que as empresas poderão patrocinar seus empregados indocumentados sem ser penalizadas por tê-los contratado.’
Faltam dados
Não fica claro se esta será a principal proposta de reforma imigratória do Partido Republicano nem tampouco se o Comitê Judiciário aceitará debatê-la.
O parlamentar Issa não é o único republicano a entender que a maioria dos americanos querem que o Congresso atue e arrume o sistema imigratório e que esta reforma imigratória ofereça algum tipo de legalização.
Issa disse no passado que estava interessado em tirar os indocumentados das sombras.
O plano descreve que a população indocumentada nos Estados Unidos cresceu de 3 milhões em 1986 para 11 milhões atualmente, e que a criminalização só os esconderia ainda mais na clandestinidade na qual vivem.
O projeto destaca ser urgente identificar os indocumentados por meio de uma reforma e solucionar o problema da estadia dos sem papéis.
A lista daqueles que não se qualificariam para a reforma imigratória de Issa inclui imigrantes deportados, deportados que retornaram aos Estados Unidos, estrangeiros criminosos e aqueles que representam um risco para a segurança nacional.
A proposta também deixa de fora estrangeiros cujas solicitações foram negadas por qualquer razão.
