Time de Dunga enfrentou a Irlanda em estádio marcado por uma tragédia
Em mais um amistoso preparativo para as Eliminatórias Sul-americanas e para os Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção brasileira enfrentou o time da Irlanda, em Dublin. O resultado do sonolento jogo foi um a zero para o Brasil, gol de Robinho, craque do Real Madri. Sem muita expressão no futebol mundial, os irlandeses só deram trabalho no início do jogo, mas a equipe de Dunga acabou imprimindo sua melhor categoria e venceu o jogo em ritmo de treino.
Na Irlanda, o futebol é apenas o terceiro na preferência da população e a seleção só passou uma vez das quartas-de-final de uma Copa do Mundo. Mas o que chamou a atenção para o amistoso é que o estádio que serviu de palco para mais uma exibição dos pentacampeões: o Croke Park, na verdade um campo usado para a prática do futebol gaélico, que mais parece com o rugby.
O centenário mas moderno estádio tem uma história sangrenta em seu currículo, que aconteceu em 1920. Durante a Guerra da Independência da Irlanda, os britânicos invadiram o Croke Park, durante uma partida de futebol gaélico, para massacrar civis na capital, Dublin, em resposta ao assassinato de alguns agentes por parte do IRA, o exército republicano irlandês. Resultado: 14 pessoas mortas, entre elas um jogador, e centenas de feridos, no episódio conhecido com ‘Domingo Sangrento’.
