Histórico

Senado americano debate retirada das tropas do Iraque

O Senado dos Estados Unidos debaterá nesta segunda-feira uma lei vinculante para a retirada das tropas americanas do Iraque em um ano, em um novo enfrentamento com o governo do presidente George W. Bush, que advertiu que vetará a legislação.

A Câmara Alta discutirá um orçamento de emergência de US$ 121,6 bilhões para os militares americanos no Irã e Afeganistão em um projeto que também fixaria a data-limite –março de 2008– para a retirada da maioria das forças de combate.

A Câmara de Representantes aprovou na sexta-feira (23) uma lei similar numa decisão histórica, embora essa versão estabeleça como limite para a retirada das tropas o dia 31 de agosto de 2008. O projeto aprovado pela Câmara contempla US$ 124 bilhões para a guerra.

Bush prometeu que utilizaria seu direito de veto para bloquear esse instrumento legal, enquanto que o vice-presidente Dick Cheney assegurou que o governo não permitirá uma retirada antes do tempo das tropas americanas. Embora a maioria dos republicanos apóie o presidente, a insatisfação com a má situação no Iraque é evidente no Partido Republicano.

No domingo, o senador republicano Chuck Hagel assegurou que, junto com um colega democrata, proporá uma lei vinculante que impõe condições para estabilizar o Iraque.

“O senador Jim Webb e eu apresentaremos um projeto que terá força de lei e que esclarecerá a futura participação de nossas tropas e de nosso país, e (sob) que condições acontecerá esse futuro”, indicou Hagel.

Já Cheney assegurou na noite de sábado (24) a seus aliados republicanos que o governo dos Estados Unidos não permitirá uma retirada antecipada de suas forças no Iraque.

“Uma retirada precipitada da nossa coalizão dissiparia muito os esforços feitos na luta da guerra global contra o terrorismo e resultaria em um caos e um perigo crescente”, disse o vice-presidente, que recebeu uma ovação entusiasmada. “E para nossa própria segurança, não ficaremos passivos para deixar que isto aconteça”, acrescentou.

Ele não explicou que passos o governo de Bush poderá dar caso fracasse o suplemento orçamentário nesta luta partidária. Mas expressou a confiança no resultado final, dizendo: “completaremos a missão e nos imporemos”.

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