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Senado tira sobrinha de Sarney de gabinete

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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai afastar dos quadros do Senado sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges, lotada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MT). Em conversa com o petista, Sarney disse que vai devolver a sobrinha para o Ministério da Agricultura, órgão no qual ela é servidora de carreira. Vera Borges havia sido cedida ao Senado após pedido de Sarney para Delcídio.
“Ele disse para mim que vai devolvê-la para o ministério”, afirmou Delcídio. O senador saiu em defesa da funcionária ao afirmar que Vera Borges exercia suas funções adequadamente. “Ela é funcionária de carreira do ministério, não é uma pára-quedista que parou aqui”, disse. Delcídio afirmou que Vera Borges trabalha em seu gabinete, em Mato Grosso, com assinatura de ponto diário para comprovar as horas trabalhadas.

O caso foi divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, que revelou ainda o salário (R$ 4,6 mil) da sobrinha de Sarney. De acordo com a reportagem, funcionários de gabinete de Delcídio disseram não conhecer Vera Portela Macieira Borges.

Vera é filha de José Carlos de Pádua Macieira, irmão de Marly Sarney, mulher do presidente. Súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) proíbe a nomeação de “parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau”. Sarney estava na presidência do Senado quando a sua sobrinha foi nomeada como assistente parlamentar.

O peemedebista também utilizou os atos secretos para nomear a mãe de um dos seus netos para trabalhar no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Rosângela Terezinha Gonçalves foi contratada depois que seu filho, João Fernando Sarney, teve que ser exonerado após a edição da súmula do Supremo que proibiu o nepotismo nos Três Poderes. O pai de João é Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

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