Histórico

Sindicatos apoiam mudanças na lei de imigração

As duas maiores federações trabalhistas do país concordaram pela primeira vez em unir forças pela reforma

Dois dos maiores sindicatos trabalhistas dos Estados Unidos, que normalmente têm opiniões divergentes em qualquer assunto, se uniram pela primeira vez na história em prol da reforma imigratória. A Federação Americana do Trabalho – Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO, na sigla em inglês), composta por 54 federações nacionais e internacionais de sindicatos dos EUA e do Canadá, e a Change to Win afirmaram, através de seus presidentes, que apoiam o presidente Barack Obama e a sua tentativa de mudar o sistema de imigração do país. As duas facções representam mais de 16 milhões de trabalhadores e este apoio pode ser significativo para a causa, num momento em que os ativistas e defensores dos indocumentados necessitam da opinião pública.

John Sweeney, presidente da AFL-CIO, e Joe T. Hansen, da Change to Win (Mudar para vencer) apresentaram, inclusive, um esboço da nova posição dos grupos à Casa Branca. O acordo endossa a legalização do status de imigrantes ilegais que já estão nos Estados Unidos e se opõe a qualquer novo grande programa para empregadores trazerem trabalhadores imigrantes temporários. Em 2007, na última vez em que o Congresso considerou uma legislação de imigração mais abrangente, os dois grupos não conseguiram concordar sobre uma abordagem em comum e as mudanças acabaram emperradas no Congresso. “O movimento trabalhista trabalhará unido para garantir que a Casa Branca, assim como o Congresso, entenda que nós falamos sobre a reforma da imigração em uma só voz”, disse Sweeney.

No novo acordo, a AFL-CIO e a Change to Win pediram um controle dos trabalhadores imigrantes futuros, por meio de uma comissão nacional. Esta iria determinar como muitos trabalhadores estrangeiros permanentes e temporários seriam admitidos a cada ano, com base na demanda do mercado de trabalho americano. Oficiais da sindicato estão confiantes de que o resultado seria reduzir o número de trabalhadores imigrantes durante épocas de alto índice de desemprego como no momento atual. Hansen, presidente do Sindicato de Trabalhadores de Comércio e Alimentos, disse em uma entrevista que a proposta em comum foi “a construção de um bloco para seguir adiante com uma reforma de imigração na agenda do Congresso”, ainda neste ano.

No entanto, a oposição a esta idéia é forte e o principal argumento é que os indocumentados não merecem uma anistia, já que violaram a lei. “Na nossa crise

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