Histórico

STF autoriza permanência do menino no Brasil, apesar de decisão em contrário

Ainda não é desta vez que o americano David Goldmann, que está no Brasil, vai voltar para o seu país com o filho Sean. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar para que o menino permaneça no Brasil até que o plenário da Corte julgue o mérito do pedido feito pela avó materna, de que a criança – de nove anos de idade – seja ouvida sobre onde quer morar. A decisão foi do ministro Marco Aurélio e contraria determinação do Tribunal Regional Federal de que Sean deveria embarcar imediatamente para os Estados Unidos.

Hospedado em Copacabana, David Goldman mostrou-se profundamente insatisfeito com a postura do STF, mas ainda tem esperanças de recuperar a guarda do filho. “Isso foi uma covardia”, disse o pai do pivô do caso. Sean foi levado pela mãe, Bruna Bianchi, dos EUA para o Brasil há cinco anos. Ela casou-se, então, com o advogado João Paulo Lins e Silva, mas morreu pouco tempo depois, vítima de complicações durante o parto de sua segunda filha. Desde então, a família do advogado e o americano disputam a guarda do garoto.

Para sensibilizar a opinião pública, simpatizantes da família Lins e Silva mostraram cartazes em que o menino manifesta o desejo de ficar no Brasil. Um deles mostrava, em letras verdes e amarelas, a frase “Quero ficar no Brasil para sempre”. No acórdão, o ministro Marco Aurélio escreveu que sua decisão foi tomada no sentido de “marchar, em prol do paciente, sem açodamento”. O caso tem sido amplamente divulgado na imprensa americana, com muitos analistas criticando a posição adotada pelas autoridades brasileiras.

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