Histórico

Telexfree pede falência nos Estados Unidos

Empresa de marketing multinível já havia sido proibida de atuar no Brasil e estava sob investigação nos EUA

Foto da home: Stuart MacMillan, CEO da Telexfree

DA REDAÇÃO, COM THE METROWEST DAILY NEWS E PCTECHMAG – A Telexfree, empresa que atua no ramo de marketing multinível envolvida em polêmicas no Brasil e nos Estados Unidos, acusada de promover esquemas de pirâmide financeira, pediu falência no domingo, 13 de abril, nos Estados Unidos. A empresa oferecia ganhos rápidos com a publicação de anúncios via internet de pacotes de telefonia VOIP. Centenas de brasileiros nos Brasil e nos Estados Unidos compravam cotas de participação e eram incentivados a atrair mais pessoas para o esquema.

No domingo, 13 de abril, três empresas do conglomerado Telexfree entraram com pedido junto à Corte de Falências do estado de Nevada. A empresa está sob investigação em sete estados brasileiros desde junho do ano passado teve suas contas paralisadas no Brasil. Nos Estados Unidos, desde no início do mês, a empresa havia mudando regras na tentativa de operar legalmente nos EUA.

As três empresas que pediram falência são: TelexFree, LLC (processo número 14-12524), TelexFree, Inc. (processo número 14-12525) e TelexFree Financial, Inc.( processo número 14-12526).

De acordo com a lei americana de falência, os bens da Telexfree têm agora certa proteção contra possíveis ações movidas por seus credores (a maioria brasileiros que compravam o sistema de cotas e vendiam a linha VOIP da empresa). O código americano de falência proíbe os credores de tomar medidas para reaver dinheiro devido pela empresa antes da data do pedido de falência.

De acordo com dados publicados pelo www.pctechmag.com e os autos do processo, todos aqueles que têm dinheiro para receber da Telexfree de trabalhos feitos antes do pedido de falência (13 de abril de 2014) devem procurar um advogado.

O diretor da Telexfree, Stuart MacMillan, disse que o pedido de falência tem o objetivo de corrigir alguns “desafios operacionais”. O comunicado oficial foi publicado pelo jornal online The MetroWest Daily News.

MacMillan afirmou que “nós antecipamos que nossas operações globais vão continuar oferecendo aos nossos consumidores produtos e serviços de alto nível. Estamos dando esse passo porque nós continuamos acreditando nos nossos negócios, nossos produtos e no entusiasmo do nosso time de primeira linha. Nós acreditamos que esse plano de reestruturação, o que inclui melhoria significativa na nossa administração interna, irá nos ajudar a construir uma empresa mais forte, mais sustentável financeiramente e com mais fundação operacional para o futuro”, disse o executivo, sem dar detalhes sobre como os clientes vão reaver o dinheiro investido na empresa.

A companhia, cujo trabalho foi paralisado e está sob investigação no Brasil, está atualmente sob investigação da Secretaria de Estado de Massachusetts. Autoridades no Brasil afirmam que a Telexfree pratica o sistema de pirâmide.

Em comunicado oficial, o secretário de estado William Galvin afirmou que o estado de Massachusetts está investindo a Telexfree porque a forma de atuação da empresa é similar a uma outra empresa que foi fechada em novembro no estado.

MacMillan informou ainda à imprensa americana, em documento oficial, que a empresa tem dinheiro para bancar a reorganização administrativa e manter os serviços aos consumidores. “A Telexfree tem a inteção de usar o processo descrito no capítulo 11 da lei de falência para melhorar sua plataforma de vendas, para corrigir problemas e voltar como uma empresa mais competitiva e forte”, descreve o documento liberado pela empresa.

O porta-voz da empresa disse há duas semanas que a Telexfree estarava mudando seu modelo de negócios para venda de linhas de telefones via internet. Muitos associados, maioria brasileiros, fizeram um protesto contra as mudanças no início do mês em Massachusetts. Eles haviam assinado contratos que exigiam apenas o trabalho de divulgação dos produtos via anúncios online e não vendas. O que mais desagradou aos associados foi a negativa da empresa em pagar pelos serviços já executados e exigir que eles vendam as linhas primeiro antes de receber qualquer centavo.

Para saber mais sobre a Telexfree clique aqui: TelexFree

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