Histórico

Todo mundo tem uma história que pode virar um livro

Jonas Correia começou contando a história do pai e agora ajuda outras pessoas a realizar o sonho de escrever um livro

Joselina Reis

Paixão por livros ele sempre teve desde o tempo que estudava no Recife, mas Jonas Correia da Silva Filho, de 27 anos, só começou a colocar as ideias no papel quando se mudou para New Jersey. Quando soube que seria pai ele lamentou que sua filha não conhecesse o avô por isso começou a colher depoimentos para escrever um livro sobre seu pai. No meio da jornada, ele já lançou outras duas obras, já tem uma quarta na cabeça. A experiência lhe rendeu a ideia de ajudar outras pessoas a contar as próprias histórias e colocar em um livro.
“Todo mundo tem algo para contar que dá um livro”, lembra.

As três obras já lançadas do escritor brasileiro são: O Paciente do Dr Van Linden, volume 1 e 2, e Nostalgias de Meu Pai, e a quarta que ainda está em processo de criação é A Cruz do Patrão. Como todo autor que começa a carreira, Jonas fez tudo com recursos próprios e planeja o próximo passo que é a tradução de suas obras e lançamento nos Estados Unidos. “Acho que aqui nos EUA tem mais espaço para o escritor”, acredita.

Em setembro, ele prepara-se para expor pela primeira vez as três obras em um só evento na cidade de Newark. “O mercado publicitário para novos autores é difícil, mas estou procurando meu espaço”, conta animado.

Mesmo estando longe do Recife há seis anos, foram suas lembranças da infância que lhe deram o caminho para os dois volumes de O Paciente do Dr Van Linden. “Cresci ouvindo muitas histórias do folclore pernambucano e o Papa Figo era uma delas”, disse ele que criou uma ficção envolvendo a lenda do velho rico que sequestrava crianças para comer-lhes o fígado.

Mas no meio de tantas histórias tinha uma que precisava ser contada de uma maneira diferente. Apesar de ser o menor dos três livros já publicados, o livro Nostalgias de Meu Pai levou mais tempo para se concluído do que os outros dois. Ao todo foram três anos contatando amigos e parentes no Brasil à procura de depoimentos sobre a vida e morte de seu pai.

“A vida dele foi intensa, sua personalidade cativante e foi um pai exemplar”, cita Jonas lembrando que tudo isso terminou com o uso do álcool e por isso há de tudo no livro, desde histórias engraçadas até dramáticas.

Para Jonas escrever os livros é mais um prazer e realização pessoal do que a busca por fama e dinheiro. Ele conta que a experiência com seus próprios livros foi maravilhosa e agora quer ajudar outras pessoas a escrever seus livros, a prática conhecida nos EUA como ghost writer (o escritor que escreve livros em nome de alguém). “Percebi que muita gente quer escrever um livro, tem a história na cabeça, sabe contar, mas não consegue colocar no papel. É aí que eu quero ajudar”, descreve o brasileiro

Os livros do escritor Jonas Correia podem ser adquiridos com o próprio autor. Seu contato é jcorreia85@hotmail.com.

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