Histórico

TV estatal líbia confirma morte de Muammar Kadhafi

Ex-chefe de Estado deposto teria sido morto em Sirte

AbdelHakim Bilhajj, chefe do braço militar do Conselho de Transição Nacional em Tripoli, anunciou ao vivo para a TV árabe Al-Jazeera, nesta quinta-feira, que o líder líbio deposto, Muammar Kadhafi, está morto. A notícia foi veiculada também na Al-Ahrar, a TV dos rebeldes.

Um soldado do governo líbio em Sirte disse à Agência Reuters ter testemunhado a captura de Kadhafi nesta quinta-feira. Ele disse que o ex-governante estava escondido numa caverna em Sirte e gritava: “Não atirem, não atirem”.

“A Casa Branca não confirmou ainda as informações sobre a morte ou a captura de Muammar Kadhafi”, revelou hoje um alto funcionário do governo dos EUA.

Em Moscou, o presidente russo Dmitry Medvedev afirmou que o povo líbio é quem deve decidir o destino de Muammar Kadhafi, e esperava que a Líbia possa finalmente entrar num processo de paz.

Uma “comemoração indescritível” podia ser ouvida em Tripoli, com os navios e os carros soando buzinas e com tiros disparados para o ar, confirmou Dan Rivers, da CNN.

“É um grande momento”, disse Mahmoud Shaaman, ministro da Informação do Conselho de Transição Nacional da Líbia. “Esperei por décadas a chegada deste momento, e estou agradecendo a Deus por estar vivo e testemunhar este momento histórico”.

Na cidade de Sirte – onde nasceu Kadhaf –, o vídeo mostrava pessoas reunidas e comemorando, algumas em cima dos capôs dos carros agitavam bandeiras líbias e disparavam armas enquanto buzinas eram tocadas insistentemente.

Muitas pessoas acreditavam que Kadhafi estava escondido em Sirte depois que as forças rebeldes tomaram Tripoli em agosto. Ele é procurado pelo Tribunal Criminal Internacional de Haia, na Holanda, por supostos crimes contra a humanidade e não estava sendo visto em público há meses.

A morte ou a captura de Kadhafi pode ser o fim de oito meses de protestos que se transformaram em um pesadelo para o ex-líder. Assim, ele acompanha o destino de outros líderes depostos na Primavera Árabe, como Hosni Mubarak, do Egito, e Ben Ali, da Tunísia.

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