Histórico

Um milhão de assinaturas para reforma imigratória

Organizações pretendem recolher assinaturas para levá-las ao Congresso e à Casa Branca

Várias organizações do sul da Flórida que defendem os direitos dos imigrantes indocumentados anunciaram esta semana uma campanha para reunir mais de um milhão de assinaturas para uma petição que pretendem entregar ao Congresso a fim de que seja aprovada uma reforma imigratória este ano.

As assinaturas estão sendo recolhidas inicialmente na área do sul da Flórida. Mas em 21 de fevereiro os ativistas pretendem viajar em uma caravana até Washington D.C. E ao longo da viagem continuar juntando assinaturas.

Mais de meia dezena de ativistas de imigração anunciaram que os ativistas estão mobilizando-se para somar-se às mobilizações a nível nacional e assim aumentar a pressão sobre o Congresso e o presidente Barack Obama para legalizar os 11.5 milhões de imigrantes indocumentados no país.

“Saindo aqui de Miami, chegaremos a várias cidades da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Tennessee e Virginia, finalizando em Washington D.C. Entre 10 a 15 dias, fazendo paradas para recolher as assinaturas,” disse Francisco Portillo, presidente da Organização Hondurenha Francisco Morazán, sediada em Miami.

As assinaturas serão entregues na capital aos líderes do Congresso e na Casa Branca. Os ativistas disseram ainda que, enquanto o Congresso se prepara para debater a reforma imigratória, Obama deveria emitir uma ordem executiva suspendendo as deportações.
Segundo Portillo, no início da semana, agentes da imigração detiveram em uma série de batidas em Homestead vários imigrantes indocumentados que logo poderão ser deportados.

Néstor Yglesias, porta-voz em Miami da Polícia de Imigração e Aduanas (ICE), confirmou que os agentes detiveram sete estrangeiros em Homestead na terça-feira (23), mas negou que tivessem sido presos em batidas. “O ICE não realiza batidas ou incursões para buscar indiscriminadamente imigrantes indocumentados”, disse Yglesias.

Acrescentou que os estrangeiros detidos “reuniam as prioridades que o ICE” considera para a detenção. Yglesias não deu detalhes sobre os detidos, mas afirmou que, em geral, as prioridades de detenção incluem estrangeiros que tenham sido condenados por delitos, os que ignoraram ordens finais de deportação e os que voltaram ao país depois de serem deportados.

Alguns legisladores cubano-americanos expressaram sua preocupação que as recentes mudanças nas leis imigratórias de Cuba possam levar alguns parlamentares a solicitar a eliminação ou a modificação da Lei de Ajuste Cubano, através da qual os imigrantes cubanos que chegam sem visto podem permanecer nos Estados Unidos e solicitar a residência depois de um ano e um dia.

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