Diretora Sandra Werneck quer foco na infância e trajetória política
A infância difícil no Acre, o papel fundamental na luta pela defesa da Amazônia e a surpreendente campanha à presidência da República, em 2010. Há muito o que falar sobre a ambientalista e política Marina Silva e a cineasta Sandra Werneck quer contar esta história nas telas. O filme deve ser produzido ainda este ano, com base na biografia da ex-candidata à presidente do Brasil, chamado ‘Marina: a vida por uma causa’, da jornalista Marília de Camargo César.
A ideia de Sandra Werneck, diretora de ‘Pequeno dicionário amoroso’ e ‘Cazuza, o tempo não pára’, é mostrar desde a infância e adolescência atípica de Marina ela chegou a entrar para um convento até a corrida presidencial, onde ela recebeu um quinto dos votos dos eleitores brasileiros na disputa contra Dilma Rousseff e José Serra, mesmo sendo a representante de um pequeno partido, o PV.
Formada em História e ex-ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008 no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Marina aprendeu a ler e a escrever com 16 anos após uma infância dedicada à extração da borracha e marcada por diversas doenças provocadas pelo mercúrio usado pelos garimpeiros nos rios amazônicos. Ao iniciar sua carreira universitária, deu seus primeiros passos na política seguindo o líder sindicalista e ecologista Chico Mendes, assassinado em 1988. Foi senadora pelo estado do Acre durante 16 anos e se destacou na defesa da ecologia.
Para Sandra Werneck, proprietária da produtora Cineluz Produções, que comprou os direitos sobre a biografia da ex-senadora, a história de Marina merece ser contada na tela. Será um filme tocante, mas ao mesmo tempo forte, disse a cineasta.
