Histórico

Vovó do jiu-jitsu faz palestra para a 3ª idade

Suely Ferraz tem 68 anos e só começou a praticar o esporte há 14 anos

Joselina Reis

Suely FerrazEla só descobriu o quanto praticar esporte é bom para saúde aos 54 anos. Agora, aos 68 anos, a paulistana Suely Ferraz quer passar a receita de vitalidade para pessoas da sua geração. A brasileira vai ministrar uma palestra no dia 18 de maio na Academia Art & Body (4301 N. Federal Highway, Pompano Beach), a partir de 2pm. O evento também inclui uma feijoada completa por $20. O valor arrecadado dos ingressos vai ajudar o estudante brasileiro Herbert Abreu a pagar por um transplante de córnea.

Suely fala com muito entusiasmo do que tem a ensinar para as pessoas da sua geração e para aqueles que querem começar cedo no esporte. “Ninguém consegue entender minha vitalidade. Eu devo isso ao esporte. Não tenho físico de modelo, mas minha mente é jovem e não paro de reinventar as coisas”, disse ela que tem dois filhos e dois netos morando no Brasil.

A esportista divide o tempo entre os EUA e o Brasil. Tudo começou há 14 anos quando ela decidiu, aos 54 anos, fazer intercâmbio em Los Angeles. O plano era estudar inglês por três meses, mas como não queria ficar parada ela resolveu frequentar uma academia. Por insistência do proprietário brasileiro ela começou a praticar jiu-jitsu e gostou.

O que era apenas uma diversão e uma maneira de matar o tempo, virou esporte e até lhe rendeu uma medalha durante competição entre academias em Los Angeles. Depois disso, conta a ex-dona de casa e atual esportista em tempo integral, o incentivo para que continuasse a praticar e esporte não parou mais. “As pessoas ficam impressionadas com a determinação de uma atleta na minha idade e pedem para patrocinar”, conta ela que adicionou mais um esporte à sua carreira, o ciclismo. Ela já foi com suas duas ‘ferraris’ (apelidos das bicicletas) do Pier de Fort Lauderdale até o Sawgrass Mills Mall, em Sunrise.

Com tanta bagagem e saúde (ela garante que não toma energéticos, vitaminas ou suplementos), os convites para palestras começaram a surgir e ela começou a dividir seu tempo entre Estados Unidos e Brasil. Nas palestras, explica, ela não ensina nenhuma fonte da juventude, mas garante que sabe o caminho para chegar aos 70 anos de bem com a vida e sem remédios. “Não precisa tentar nenhum esporte radical, mas tem que fazer algo”, ensina. Por falar em esporte radical, Suely está no momento estudando a possibilidade de começar a ter aulas de asa-delta.

Feijoada Beneficente

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