Histórico

Brasileiro preso na Flórida confessa tráfico humano para os Estados Unidos

Mauricio Ribeiro Prates vai aguardar sentença preso e depois de cumprir a pena vai ser deportado

Mauricio Ribeiro PratesDA REDAÇÃO COM SUNSENTINEL – O brasileiro Mauricio Ribeiro Prates confessou o crime de tráfico humano e falsificação de documento. A audiência ocorreu na quarta-feira (2) em uma corte federal em Fort Lauderdale. Ele falsificou dois passaportes italianos que ajudou um casal de brasileiros a entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo Arizona em março de 2013. O casal mudou-se para Pompano Beach, o caso foi descoberto ano passado depois que eles solicitaram a carteira de motorista usando os passaportes falsos.

No dia 19 de setembro de 2013, Prates tentava entrar nos Estados Unidos com a esposa e filho. A família foi barrada quando desembarcava no aeroprto John F. Kennedy International Airport em New York. Prates foi preso e se condenado deve pegar até 20 anos de prisão e depois ser deportado.

Na época de sua prisão, Prates, que era dono de uma agência de turismo no Brasil, disse que tinha encaminhado pelo menos 40 pessoas a um grupo de ‘tubarões’ brasileiros especializados em enviar pessoas ilegalmente para os EUA. A quadrilha pagava a Prates entre $500 a $1000 por ‘encaminhamento’.

Segundo o processo, os dois imigrantes que acabaram deflagrando a investigação contra Prates pagaram $30 mil pelos passaportes. Marcos Cesar de Souza França e Claudinele Alves de Souza França moravam em Pompano Beach.

Mais pistas do esquema surgiram quando dois italianos entraram no país e usavam os mesmos passaportes e números usados por Marcos e Claudilene. Diante disso, as autoridades consultaram o Consulado da Itália e viram que os viajantes eram os verdadeiros donos do documento.

Fugitivo
Essa não é a primeira vez que Maurício Ribeiro Prates tem problemas com a justiça. Em agosto de 2008, ele foi preso quando levava a mulher e seus filhos para uma viagem de lazer usando documentos falsos. Ele foi preso junto com um comparsa identificado por Daniel de Carvalho Isidório. A prisão aconteceu quando eles desembarcavam no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (Minas Gerais), região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo as informações da polícia local, um comparsa de Ribeiro teve acesso à senha de uma funcionária de uma agência de turismo de Governador Valadares. Diante disso comprou passagens aéreas para Fortaleza (Ceará) em nome da vítima. Ribeiro viajou com a mulher e três filhos, usando documentos forjados.

Com o acusado, foram encontradas carteiras de habilitação com a fotografia dele e da esposa, além de certidões falsificadas dos filhos de 8, 12 e 15 anos. Os policiais chegaram até o falsário porque a funcionária da agência fez a denúncia. Mas, no final de 2010, Ribeiro fugiu de uma cadeia pública de Governador Valadares e desde então a polícia não tinha conhecimento do seu paradeiro.

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