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Polícia pedirá prisão de mais sete envolvidos na máfia do ingresso

Polícia pedirá prisão de mais sete envolvidos na máfia do ingresso

Dunga e o empresário Mohamadou Lamine FofanaDA REDAÇÃO COM AGÊNCIA BRASIL – A Polícia Civil do Rio vai pedir a prisão de pelo menos mais sete pessoas envolvidas no esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo, entre elas um funcionário estrangeiro do alto escalão da Federação Internacional de Futebol (Fifa), hospedado no hotel Copacabana Palace, e um chinês que administra as vendas em São Paulo.

As 11 pessoas presas temporariamente desde terça-feira podem ter a prisão preventiva decretada na semana que vem, segundo o delegado responsável pelas investigações, Fábio Barucke. Ele informou que um dos presos quer negociar a delação premiada em troca de informações importantes, e disse o nome do funcionário da Fifa.

“É um nome comum, mas falta a qualificação completa. A Fifa talvez possa nos auxiliar nesta identificação”, disse. Ele calcula que a quadrilha chegava a faturar R$ 2 milhões por jogo. “Os preços variavam de acordo com a procura, como uma bolsa de valores. Houve ingressos para a final que custaram R$10 mil no início e R$ 15 mil depois. Eles disseram que se o Brasil fosse para a final cobrariam R$35 mil”, contou o delegado.

Um dos presos, o franco-argelino Lamine Fofana, tinha acesso aos ingressos mais valiosos, do tipo Hospitality, da Fifa e da Match, empresa parceira da entidade. Policias civis infiltrados em uma festa feita por Lamine Fofana filmaram o suspeito distribuindo ingressos. “Ele tem relacionamento com diversos jogadores de futebol e transita nesse meio”, explicou Barucke.

Serão ouvidos, como testemunhas, o ex-técnico da seleção brasileira Dunga, que teve várias ligações interceptadas com Fofana, e o ex-jogador Júnior Baiano, que alugou o apartamento para o franco-argelino em uma relação contratual normal, segundo o delegado.

A Fifa disse que não se pronunciará sobre o caso, até receber informações oficiais sobre as investigações. “É muito mais fácil concluir que a pessoa é da Fifa, mas talvez ela não seja. Para concluir, precisamos de informações validadas e vamos aguardar”, disse a porta-voz, Delia Fischer.

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