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Histórico

Acusada de matar marido nos EUA quer nacionalidade brasileira de volta

Manobra impediria extradição para ser julgada nos EUA

Claudia Hoerig, de 48 anos, acusada de matar o marido norte-americano em 2007, começou esse mês uma briga na justiça no Brasil para recuperar a nacionalidade brasileira. O objetivo é evitar a extradição para os EUA e ser julgado pelo caso que abalou Ohio. A família do marido, com ajuda de políticos locais, já solicitaram a extradição dela ao Ministério da Justiça. Se condenada nos EUA, Claudia pode enfrentar a prisão perpétua.

Pela Constituição, o Brasil não pode extraditar uma cidadã brasileira. Porém, em quatro de julho, Claudia perdeu a nacionalidade brasileira, após processo administrativo do Ministério da Justiça. Agora, ela é uma estrangeira acusada de homicídio foragida no Brasil.

A Constituição prevê a perda da nacionalidade brasileira se nascidos no Brasil e sem laços consanguíneos com estrangeiros, por vontade própria, pedem para se tornar cidadãos de outros países. Normalmente, isso só ocorre, na prática, em casos como o de Claudia, que envolve pedidos de outros países.

O ministério informou que, dias depois da decisão, ela, que está foragida desde a data em que teria matado o marido, protocolou pedido de reaquisição de nacionalidade, que está sendo analisado. O advogado de Claudia, Antônio Andrade, afirma que, se o pedido for aceito, ela não volta a ser brasileira nata, mas naturalizada. “E naturalizado não está imune à extradição”, diz Andrade, que pretende recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso o governo brasileiro aceite extraditá-la.

O crime

O crime aconteceu em Newton Falls, no condado de Trumbull (Ohio), em 2007. Após matar a tiros o marido, o piloto da Força Aérea Americana Karl Hoerig, Claudia pegou um avião rumo ao Brasil. Desde então, vive na região serrana do Rio.

Claudia alega que era vítima de agressões físicas e abusos do marido e que o matou durante uma briga, num momento de fúria. “Ela não quer se eximir de responder à acusação, mas nada impede que seja julgada no Brasil. Se tiver que pagar, que seja com as leis brasileiras”, diz seu advogado.

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