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Anticorpos humanos neutralizam o vírus H5N1 da gripe aviária, diz estudo

Cientistas suíços conseguiram imunizar ratos de laboratório contra a cepa H5N1 da gripe aviária, usando anticorpos humanos retirados de sobreviventes do vírus potencialmente mortal, revelou um estudo publicado ontem na revista americana “PloS Medicine”.

Os resultados do estudo podem produzir um tratamento eficaz contra o patógeno, temido porque uma eventual mutação do vírus poderia provocar uma pandemia, com potencial para matar milhões de pessoas.

“Se confirmarmos em laboratório e testes clínicos o sucesso deste estudo inicial, os anticorpos (…) poderiam ser um tratamento terapêutico e profilático importante em caso de pandemia”, disse o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), que participou dos trabalhos.

“A possibilidade de uma pandemia de gripe de origem aviária, provocada pelo H5N1 ou outro vírus contra o qual os humanos não tenham qualquer proteção natural, é uma preocupação maior das autoridades de saúde pública no mundo”, acrescentou em um comunicado.

Os anticorpos descobertos foram produzidos em grande quantidade a partir de amostras de sangue de quatro adultos vietnamitas que sobreviveram a uma infecção gripal causada pelo H5N1 e cuja doença foi diagnosticada entre janeiro de 2004 e fevereiro de 2005.

Os ratos sem os anticorpos, expostos a uma carga viral mortal do vírus H5N1, morreram em poucos dias.

Ao contrário, dos 60 ratos infectados com o vírus H5N1, que circulou no Vietnã em 2004, mas tratados com diferentes doses de anticorpos produzidos a partir do sangue dos quatro vietnamitas, 58 sobreviveram.

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