Histórico

Bailarino brasileiro brilha em Miami

Algumas das mais importantes companhias de dança no mundo têm brasileiros em seu corpo de baile. Com o Miami City Ballet não é diferente, já que entre os principais solistas do grupo está o paulistano Renato Penteado, que mora em Pembroke Pines. Aos 28 anos, ele vive o seu melhor momento profissional e sua arte pode ser vista pelo público do sul da Flórida no espetáculo ‘The Nutcracker’ (O Quebra-Nozes), em cartaz no Adrienne Arsht Center: Renato faz o papel do príncipe.

A paixão do brasileiro pela dança começou bem cedo, aos cinco anos de idade. “Fui assistir a uma apresentação de balé e fiz questão de conversar com o bailarino no camarim. Saí decidido a me matricular numa companhia”, lembra Renato, que só colocou o sonho em prática dois anos depois, já que a família o considerava muito novo. Não parou mais.

Começou no jazz, saltou para o clássico e, adolescente, alimentava a vontade de estudar no exterior. A chance surgiu quando foi selecionado para se apresentar num festival no Mississippi, representando o Grupo Especial de Danças Clássicas de São Paulo, uma das principais companhias do país. Teve o patrocínio do Ministério da Cultura, mas não venceu o concurso. No entanto, recebeu o convite para integrar o corpo de baile do Miami City Ballet, do próprio diretor da escola, Edward Villella. “Ele foi o maior bailarino americano de sua época e me senti honrado por integrar a turma”, conta Renato.

Isso foi há 10 anos e, a partir daí, ele foi se aperfeiçoando, passando logo a solista e depois para o seleto e reduzido time dos bailarinos principais da companhia. Desde 2004, o brasileiro já protagonizou espetáculos como Don Quixote, Giselle, Copélia e Tarantella, seu preferido. A rotina é dura e as aulas e os ensaios tomam quase 12 horas de seu dia. “Não ligo, faço o que mais gosto na vida”, resume.

Renato é casado com uma das ensaiadoras do Miami City Ballet, mas as saudades do Brasil são muitas, especialmente da filha, de 10 anos, fruto de um relacionamento anterior. “Estou há dois anos sem visitá-la, porque estou muito ocupado”, lamenta o bailarino, que é fã de Fernando Bujones e Mikhail Barishinikov. No site www.miamicityballet.org, os brasileiros podem saber outros detalhes sobre mais esse conterrâneo que orgulha a nossa comunidade.

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