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Boas e más notícias para a economia dos EUA

Aumento do consumo contrasta com déficit recorde no país, que passou de 91 bilhões de dólares

As notícias referentes à recuperação dos Estados Unidos estão tão instáveis quanto a economia. Se por um lado os economistas do Federal Reserve (o banco central americano) destacaram que em várias regiões do país houve aumento nos gastos de consumo, por outro o Departamento do Tesouro registraram déficit orçamentário pelo 15º mês consecutivo, sendo que os números de dezembro de 2009 representam um recorde na maior potência mundial: mais de 91 bilhões de dólares, devido ao aumento nos gastos com seguro-desemprego e à queda na arrecadação do governo.

Com relação ao gasto de consumo, um componente fundamental para o crescimento da economia dos EUA, há a sensação que o processo está no caminho certo, ajudado pelo imenso estímulo proporcionado pelo governo. Ao sair da pior recessão em décadas, a economia dos EUA cresceu a uma taxa anual de 2,2% no terceiro trimestre do ano passado e espera-se uma expansão em um ritmo mais forte no quatro trimestre. Contudo, a diminuição dos efeitos dos estímulos deve manter o desemprego elevado e a inflação contida este ano, condições de que vão levar o Fed a manter sua taxa de juro próxima de zero. No entanto, a instituição fez uma avaliação positiva sobre o mercado de trabalho, com algumas regiões indicando aumento na demanda por trabalhadores nas áreas administrativa e de vendas, entre outras.

Mas o déficit continua a ser a pedra no sapato. Para se ter uma ideia do que representou 2009 na economia americana, basta dizer que há exatamente doze meses o déficit ficou em 51 bilhões de dólares, quase a metade do valor atual. Só em dezembro, o governo gastou 14 bilhões de dólares apenas em benefícios aos desempregados.

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