Histórico

Brasileiro passa em quatro faculdades dos EUA

Paraense “gênio da química” conseguiu ainda bolsa na Finlândia e no Instituto Militar de Engenharia, no Brasil

Ramon GonçalesDA REDAÇÃO COM TERRA – O brasileiro Ramon Gonçalves, 19 anos, tem muito a comemorar em 2014. No início deste ano, ele foi aprovado em quatro instituições americanas: Cornell, em New York; Dartmouth, em Hanover; University of Southern California, em Los Angeles; e Amherst, na cidade com mesmo nome. O jovem conquistou ainda uma vaga na University of Helsinki, considerada a melhor da Finlândia, e no Instituto Militar de Engenharia (IME), que tem uma das seleções mais difíceis do Brasil.

O difícil agora vai ser escolher uma das três, mas o país já está decidido. Ele vai sair de Belém, no Pará, para os Estados Unidos. O estudante avalia que as aprovações refletem uma combinação quase perfeita: apoio financeiro e muito estudo. Em alguns meses ele chegou a adotar uma rotina pesada de aulas, que em alguns momentos chegou a quase 18 horas diárias. “Era pouco tempo. O jeito era aproveitar todos os momentos para aprender”, resumiu.

A possibilidade de estudar no exterior é o resultado de uma trajetória que começou em 2011, quando Ramon se destacou durante a Olímpiadas Nacional de Química. Depois da Olímpiada, ele conquistou uma bolsa de estudos no Sistema Ari de Sá (SAS), em Fortaleza (CE).

Após imersões e muito estudo, terminou em 2º lugar o Campeonato Nacional, em 2012, o que lhe rendeu vaga em competições internacionais. Fora do País, Ramon conquistou uma medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Química, nos Estados Unidos, e uma de prata na versão ibero-americana da competição, que ocorreu na Argentina.

As experiências fizeram com que ele tivesse contato com outras culturas o que despertou o interesse em estudar em outros países. Agora, Ramon está concluindo um projeto diferenciado na área química.

O estudo prevê a substituição do petróleo por derivados da cana de açúcar na produção de polímeros como polietileno e polipropileno, precursores da maioria dos plásticos e materiais usados atualmente. O objetivo é reduzir o consumo de petróleo e amenizar o impacto ao meio ambiente.

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