Histórico

Brasileiro precisa de transplante de córneas

De acordo com os médicos, Herbert Amaral, de 18 anos, vai ficar completamente cego em poucos dias

Joselina Reis

Herbert AmaralDA REDAÇÃO – Como muitos brasileiros indocumentados, Herbert Amaral, de 18 anos, vive o drama de não ter plano de saúde. O caso ficou ainda mais grave quando ele descobriu há cinco anos que tem um problema congênito grave nas duas córneas e somente um transplante duplo poderia resolver seu problema. Se não bastasse a possibilidade iminente de ficar totalmente cego, nas últimas duas semanas o brasileiro tem sofrido com dores constantes nos olhos, que o impossibilitam de sair de casa.

“Ele está depressivo e chora muito de dor”, afirma a mãe do rapaz, a cabeleireira Andrea Amaral. A brasileira argumenta que sofre junto com o filho por não ter condições de pagar o transplante duplo, estimado em cerca de $28 mil.

Para ajudar o filho, a brasileira e a irmã de Herbert, Raissa, criaram uma conta em um website de ajuda mútua (www.gofundme.com/86emkg) e abriram uma conta no Bank of America (routing number 063100277 e número da conta 8980 1429 3390). O objetivo é arrecadar $30 mil, dinheiro suficiente para o transplante das duas córneas e mais alguns medicamentos. Até quinta-feira (10) a campanha havia arrecadado $1.265 no website e $40 em depósitos no banco.

Andrea conta que por enquanto o único medicamento capaz de ajudar a diminuir a dor nos olhos de Herbert custa muito caro, uma pomada de $60.

A família veio de Brasília há 13 anos e atualmente mora em Pompano Beach. Quando Herbert tinha onze anos ele foi levado para um exame simples de visão, onde foi constatado o problema. Em seis meses o estado das córneas piorou e desde então ele tem sido auxiliado pelos médicos residentes na Nova Southeastern University, em Davie. Os especialistas descobriram que ele tem cortes na córnea. “É como se fossem cortes de faca”, explica a mãe.

Recentemente, a família descobriu que no hospital Broward Health North, na Sample Road, em Pompano Beach, a poucas quadras da casa onde moram, há médicos capazes de fazer o transplante e um banco de córneas está disponível. “O médico desse hospital disse que eles não podem fazer nada se a gente não tiver o plano de saúde. Se tívessemos o dinheiro, em uma semana ele poderia fazer o transplante e começar a viver normalmente de novo”, disse a Andrea, muito emocionada em entrevista ao AcheiUSA.

Herbert, que também sofre de nanismo, medindo cerca de 1m40 aos 18 anos, não vai à escola – Deerfield Beach High School – há duas semanas, por causa das dores nos olhos e porque tem tão pouca visão que não conseguiria acompanhar as aulas.

A mãe reclama que mesmo depois que o filho conseguiu ser beneficiado com o Deferred Action for Childhood Arrivals (o DACA, assinado por Barack Obama em junho de 2012) a lei não permite que os jovens, conhecidos como Dreamers, consigam comprar um plano de saúde. “Não serviu de nada!”, reclama.

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