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Brasileiro sonha com vaga na NASA

Ivan Bertaska já conseguiu o intercâmbio na agência e espera participar do próximo projeto de envio de astronautas à Mart

DA REDAÇÃO COM JOSELINA REIS

ARQUIVO PESSOAL
Brasileiro sonha com vaga na NASA

Brasileiro Ivan BertaskaEle já está com um pé na agência espacial mais famosa do mundo, a NASA, agora só falta provar que pode dar conta do recado e conseguir o tão sonhado emprego dos sonhos. O brasileiro Ivan Bestaska, de 25 anos, começou este mês um intercâmbio na NASA onde participa do desenvolvimento do projeto de uma nova nave espacial. “Esse veículo vai substituir as antigas shuttles e poderá sair de órbita carregando tripulação, quem sabe para Marte”, conta ele.

Nascido em São Caetano do Sul (SP), Ivan veio para os EUA quando ainda era criança depois que o pai foi transferido de emprego. Desde então percebeu que o mundo da engenharia era o seu forte e investiu no assunto, porém ele também gostava de tudo que era relacionado ao oceano. Quando descobriu que a Florida Atlantic University (FAU) oferecia engenharia oceonográfica ele finalmente conseguiu unir em um só curso tudo o que gostava. “Estudamos de tudo, menos a vida animal do oceano, a parte com que mais me identifico é criação de estrutura naval”, diz ele.

O grupo de estudantes que Ivan integra participou de um concurso internacional sobre barcos robôs e acabou sendo um dos pré-selecionados. The RobotX Maritime Challenge é uma competição internacional envolvendo faculdades dos EUA, Australia, Singapura, Japão e Coreia. Três times de cada país foram pré-selecionados, e Ivan esta entre eles. O projeto desenvolvido pela FAU teve a colaboração de alunos da Villanova University, da Pensylvania será apresentado em outubro em Singapura.

O desafio é desenvolver barcos robôs autosuficientes que podem navegar sozinhos com a ajuda apenas de sensores. As pesquisas podem ser uteis principalmente para a segurança do país e operações de salvamento. “O mercado de veículos como esse está crescendo. Um barco robô pode ajudar a desativar minas submarinas, ajudar nas pesquisas sobre a fauna no fundo do mar e, principalmente, ir a lugares perigosos para os humanos”, explica o engenheiro.

Enquanto investe em seu intercâmbio no centro de pesquisas da NASA no Alabama, Ivan cursa PHD em Engenharia Oceânica na FAU. “Espero continuar minhas pesquisas de sistemas automáticos de controle”, explica.

O projeto da NASA tem previsão de lançamento para 2018 com uma viagem sem tripulação. Se tudo der certo, os primeiros astronautas a usarem a nova tecnologia devem viajar ao espaço em 2020.

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