Eleitores do condado de Miami Dade votaram na terça-feira (14) por manter a proibição da raça Pit Bull como animal de estimação. A lei foi criada há 23 anos quando um cão Pit Bull atacou uma menina de oito anos deixando o rosto da garota deformado. Pelo resultado da votação 63% dos 829 votantes querem manter a lei e banir a criação dessa raça no condado. Residentes em Broward County continuam podendo ter seus cães Pit Bull normalmente.
Em 19 de Fevereiro de 1989, Melissa Moreira, então com 8 anos, andava na calçada com sua mãe quando um cão da raça Pit bull de propriedade de um vizinho escapou e a atacou. Melissa teria tido parte do rosto arrancado pelo animal e já passado por várias cirurgias.
Vereadores tentaram no início deste ano revogar a lei, mas não obtiveram sucesso e deixaram a decisão nas mãos do público. O caso voltou as manchetes depois que o jogador do Marlins, Mark Buehrle, tentou mudar com a família para Miami-Dade, mas teve que comprar uma casa em Broward para manter o animal de estimação.
Organizações de proteção aos animais e clinicas veterinárias são contra a lei. Eles consideram a proibição injusta e preconceituosa. Segundo eles, raça não define a agressividade do animal. Outros cães de grande porte, como Pastor Alemão, Rottweilers and São Bernardo não estão incluidos na lei, porém possuem a mesma forca e tamanho físico que um Pit Bull.
Com a manutença da lei, quem manter um cão da raça Pit Bull além de ser multado em $500 (quinhentos dolares) é obrigado a retirar o animal do condado de Miami-Dade. Cerca de 3 mil ataques de cães são registrados anualmente em Miami-Dade. No entanto, a agência municipal de controle de animais não específica a raça do animal.