A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quinta-feira (23) um projeto de lei para bloquear fundos que seriam repassados a cidades que não reportam seus imigrantes ilegais para as autoridades federais.
A lei aprovada veio como consequência direta do recente assassinato de uma mulher americana por um imigrante ilegal em San Francisco, considerada uma das “cidades santuários” para imigrantes indocumentados.
Deputados republicanos partidários da medida disseram que se houvesse essa comunicação entre a cidade e as autoridades o crime poderia ter sido evitado. O homem acusado do assassinato de Kathryn Steinle (32), o mexicano Juan Francisco Lopez-Sanchez, além de estar ilegalmente no país respondia por outros crimes e já havia sido deportado cinco vezes.
As cidades-santuários, como San Francisco e New York, alegam que a política ajuda no contato entre a polícia e a comunidade imigrante, que de outra forma ficaria com medo de reportar os crimes às autoridades municipais.
A Casa Branca já sinalizou que o presidente Barack Obama vai vetar o projeto de lei, baseado no fato de que a lei permitiria que a polícia verificasse a condição imigratória “de qualquer pessoa, a qualquer momento, por qualquer razão.”
Ativistas pela causa imigratória dizem que o projeto é um reflexo direto dos recentes comentários do pré-candidato republicano à presidência, Donald Trump.
No mês passado, Trump descreveu os mexicanos como “criminosos” e “estupradores”, gerando revolta até mesmo entre membros de seu próprio partido.
