Histórico

Caso Goldman: garoto prefere ficar no Brasil

Em transcrição do depoimento feito a peritos, Sean teria dito que “falar inglês é difícil”

Em mais um capítulo da disputa judicial entre o americano David Goldman e o brasileiro João Paulo Lins e Silva pela guarda do menino Sean, foi divulgado o teor do depoimento da criança feito a três peritos de justiça em março. De acordo com o material transcrito a pedido de uma psicóloga contratada pela família brasileira, a criança teria manifestado claramente o desejo de permanecer onde está. “Eu prefiro morar aqui. Falar inglês é muito difícil”, disse Sean, de oito anos.
A decisão judicial neste caso não será baseada apenas na vontade do garoto, mas o advogado do padrasto acha que o depoimento terá um peso fundamental no processo: “Ele não deixou margem de dúvida de que o interesse dele é ficar no Brasil, onde está totalmente acostumado e familiarizado”, contou Sérgio Tostes, enfatizando que o garoto quer continuar na escola, com os amigos e familiares. Já o advogado de Goldman no Brasil, Ricardo Zamariola, se recusou a comentar o depoimento, “para preservar a criança”.
O caso está nas mãos do juiz da 16ª Vara Federal, que também vai analisar as avaliações psicológicas de David Goldman, Lins e Silva e de Silvana Bianchi, a avó materna. No depoimento, Sean confirmou ainda que o pai biológico e a mãe não viviam bem. “Eles brigavam todos os dias”, afirmou.
A história se arrasta há quase cinco anos: Goldman luta na justiça para reaver a guarda do filho, que foi levado para o Brasil pela mãe, a carioca Bruna Bianchi Carneiro Ribeiro., depois do término do casamento. A situação ganhou proporções ainda mais dramáticas com a morte da brasileira, em agosto de 2008 e o problema quase gera uma briga diplomática entre os dois países.

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