Histórico

Chilenos poderão entrar sem visto nos EUA

Os chilenos poderão entrar nos Estados Unidos sem visto, anunciou esta semana o presidente do país sul-americano, Sebastián Piñera.

“Espero que nos próximos dias os Estados Unidos cheguem a um acordo com o Chile para que os chilenos sejam os primeiros na América Latina a poder entrar nos EUA como turistas ou em viagem de negócios sem a necessidade de ter de pedir um visto”, declarou.

“Isto é uma tremenda conquista para todos os chilenos”, afirmou Piñera em uma entrevista à Radio Ancoa, na localidade sulista de Linares, onde fez escala dentro de seu último giro como presidente antes de entregar o poder a Michelle Bachelet no próximo 11 de março.
Argentina e Uruguai integraram o Visa Program Waiver (VPW), que permite a homens de negócios entrar nos Estados Unidos sem a necessidade de um visto e permanecer por um período máximo de 90 dias.

Os países, no entanto, foram eliminados do programa porque muitos viajantes ficaram indocumentados no país.
O programa
O VPW permite aos cidadãos de 35 países viajar para os EUA a turismo ou negócios (Vistos B1 ou B2).

O programa foi estabelecido em 1986 com o objetivo de eliminar barreiras para viajar, estimular o turismo e permitir ao Departamento de Estado concentrar seus recursos consulares em outras áreas.

Os cidadãos dos países do VWP devem atender aos requisitos de qualificação para viajar sem um visto usando programa e alguns não se qualificam para utilizar o programa.

Os viajantes VWP precisam ter uma autorização válida através do Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem (ESTA) antes de sua viagem, passar pelos filtros de segurança no porto de entrada nos Estados Unidos e estarem registrados no programa US-VISIT do Departamento de Segurança Interna (DHS).

Quando foi criado

O programa foi criado pelo Congresso americano durante as reformas da lei de imigração de 1986. Permite que um grande número de estrangeiros entre nos EUA sem a necessidade de pedir um visto, mas cumprindo uma série de requisitos de segurança.
Os países que integram o programa são escolhidos porque a cada ano enviam um grande número de homens de negócio em viagens comerciais de curta duração.

Os beneficiários do VPW podem permanecer até no máximo 90 dias, ao final dos quais precisam sair dos Estados Unidos. Na hora de entrar por um dos portos de entrada, o estrangeiro deve preencher e assinar um Formulário I-94W, documento que comprova a entrada e o tempo de estadia. O formulário é devolvido ao sair.

Os beneficiários, ao se apresentarem em um porto de entrada, renunciam ao direito de reconsideração no caso de o oficial de imigração não lhes permitir a entrada, a menos que se trate de um solicitante de asilo.

As limitações

Os estrangeiros que utilizam o VPW enfrentam dificuldades no caso de solicitar outro tipo de visto para permanecer nos Estados Unidos.
O USCIS explica que, caso queira fazer isto, o viajante deverá sair e apresentar-se depois no consulado americano de seu país de origem para processar um visto de entrada como não imigrante.

Os viajantes que entram sob este programa precisam levar em conta que não podem viajar se no passado transgrediram a Lei de Imigração e Naturalização de 1996, tal como ter entrado ilegalmente ou ter permanecido como indocumentado.

Os viajantes podem vir para os EUA só em navios ou empresas aéreas autorizadas que tenham assinado um acordo com o governo. Estas companhias garantem que transportarão o viajante de volta para seu país, caso não seja admitido.

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