Histórico

Chuvas castigam o país

Tragédias nas regiões Sul e Sudeste já mataram mais de 130

Os temporais de verão não dão trégua no Brasil. A situação é mais grave em Angra dos Reis (RJ), onde a Prefeitura local contabilizou 1.500 pessoas desabrigadas em decorrência das chuvas que causaram deslizamentos em diversos pontos e provocaram a morte de 52 pessoas. Estas famílias estão em abrigos públicos, outras em casas de amigos e a maioria depende de instalações em escolas municipais, sobrevivendo graças às doações de cestas básicas. Nas regiões Sul e Sudeste do país, as vítimas fatais já somam 130.

As equipes de resgate ainda buscam as vitimas dos deslizamentos de terra que atingiram residências no Morro da Carioca, no centro de Angra, e a região na praia do Bananal, em Ilha Grande, na madrugada do dia 1º. O temor das autoridades é pela possibilidade de mais chuva na região, que já está bastante castigada. Ainda há uma grande quantidade de entulho acumulada no Morro da Carioca e os operários apressaram a retirada do material. Os bombeiros permanecem de prontidão. “As nuvens carregadas podem voltar à Costa Verde nos próximos dias”, previu o meteorologista Marcelo Pinheiro, do Instituto Climatempo, calculando que a frente fria deve chegar ao estado na madrugada desta sexta-feira.

 O prefeito de Angra, Tuca Jordão, anunciou um plano de construção de 800 unidades habitacionais para vítimas dos deslizamentos e, para tanto, obteve junto ao governo do Estado a liberação de 214 milhões de reais para a recuperação do município. Pelo menos 100 casas em áreas de risco foram condenadas pela Defesa Civil e devem ser demolidas urgentemente.

Mas as chuvas não assustam a população somente no Rio de Janeiro: em São Paulo, o número de vítimas fatais em função das tempestades subiu para 44, depois que uma mulher morreu após cair em uma galeria pluvial em Perus, na Zona Norte da cidade, durante um temporal esta semana. Shirley da Cruz Silva foi arrastada por cerca de quatro metros e não resistiu aos ferimentos. Na capital paulista sete casas também foram interditadas pela Defesa Civil e Atibaia, no Vale do Paraíba, declarou situação de emergência.

Já no Rio Grande do Sul, o maior problema foi o desabamento da ponte sobre o Rio Jacuí, em Agudo. As autoridades ainda não sabem, com certeza, o número de vítimas que caíram no rio, mas há informações de que cerca de 20 pessoas estavam no local na hora do desabamento. Além da perda de vidas, os agricultores também lamentam as perdas na lavoura. Em Minas Gerais a situação não é diferente, já que a chuva não para. As regiões mais atingidas ficam no Triângulo Mineiro e na Zona da Mata. De acordo com o Instituto MG Tempo, nos primeiros cinco dias deste ano, já choveu em Belo Horizonte o equivalente a 20% do valor esperado para todo o mês.

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