O presidente Barack Obama convocou parlamentares democratas e republicanos para iniciar o debate da reforma imigratória em 8 de junho na Casa Branca. No começo de abril a Casa Branca de Obama confirmou que este ano canalizará os esforços para alcançar uma reforma e que enviará um projeto de lei ao Congresso no outono, que será redigido por uma equipe de trabalho que, além de congressistas e funcionários do governo federal, será integrada por religiosos, advogados, sindicatos e defensores dos direitos dos imigrantes.
De acordo com o publicado na página da Internet da campanha ‘Reforma Imigratória PRO América’, o objetivo é pressionar para conseguir os votos necessários nas duas câmaras do Congresso para que uma nova lei seja aprovada. Uma nova legislação exige 218 votos na Câmara de Deputados e 60 no Senado.
Setores sindicais expressaram preocupação pelo número de votos na Câmara Alta. Os democratas contam com 57 cadeiras e o apoio dos dois independentes, mas, segundo disse Eliseo Medina, vice-presidente do Sindicato de Empregados e Serviços (SEIU), pelo menos 10 ou 12 senadores democratas não estariam respaldando uma reforma imigratória ampla.
Reunião em Washington
A partir desta quarta-feira, os organizadores da campanha ‘Reforma Migratoria PRO América’ realizam uma espécie de reunião de cúpula de dois dias em Washington, que contará com a presença de 400 dirigentes para debater o tema e afinar os detalhes sobre a estratégia durante a mobilização. Entre os objetivos prevê-se oferecer aos participantes as informações e as ferramentas necessárias para que seja aprovada a reforma imigratória durante o ano de 2009.
Janet Murguía, presidente do Conselho Nacional de la Raza (NCLR, o maior grupo hispânico dos Estados Unidos), e Ali Noorani, diretor executivo do Forum Nacional de Imigração (NFI), disseram numa conferência de imprensa que nunca antes tantos grupos conseguiram harmonizar soluções em matéria de imigração.