Histórico

Confusões marcam posse de novos prefeitos

A falta de uma lei para regulamentar as transições de governo pelo País afora, somada a disputas políticas acirradas, especialmente em cidades pequenas, transformou a posse de diversos prefeitos em momentos de muita confusão neste início de ano. Na Bahia, teve eleito que disse ter encontrado uma cobra no gabinete.

No Ceará, houve denúncia de sumiço do livro de transmissão de cargo.
O caso mais emblemático dos transtornos que essa lacuna legal pode causar deu-se em Bujari, município a 28 quilômetros de Rio Branco, no Acre.

No dia 2, primeiro dia útil de trabalho, o prefeito João Edvaldo Teles de Lima (PMDB) deparou-se com o hall da prefeitura sujo de fezes, pratos com restos de comida em cima da mesa no gabinete, garrafas e lixo espalhados por todo o prédio e, em meio à sujeira, documentos públicos. “Foi uma situação deprimente. Parecia que a prefeitura havia sido sede de uma festa de fim de ano de clube”, disse um assessor jurídico da atual gestão.

Diante do cenário, o prefeito despachou debaixo de uma árvore na frente do prédio. Um mutirão foi feito para higienizar a prefeitura. A transição foi bastante conturbada na cidade. Segundo o assessor, sacos cheio de documentos tiveram de ser guardados na delegacia. “Havia a ameaça de sumiço”, afirmou.

Mais curioso foi o ocorrido em Almadina (BA). O empossado José Raimundo Laudano Santos (PMDB) encontrou uma cobra debaixo da mesa ao entrar no gabinete na sexta-feira.“Não podemos acusar ninguém, mas temos certeza de uma coisa: essa cobra não entrou sozinha. Não há nenhum matagal aqui perto, tem várias portas até chegar ao gabinete e elas estão bem ajustadas”, disse Dalton Luiz Almeida, assessor do prefeito.

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