Pelo segundo mês consecutivo, setor abriu novos postos de trabalho
O nível de desemprego no país continua alto e a Flórida registrou em março a taxa recorde de desocupação de 12.3% da população ativa. No entanto, um setor diretamente afetado pela recessão começa a dar sinais de melhora aqui no estado: na construção civil houve abertura de postos de trabalho pelo segundo mês consecutivo, depois de quase quatro anos de perdas.
O resultado é expressivo, em especial se for levado em conta que só este ano foram adicionados 2.700 novos profissionais desta indústria no mercado de trabalho. “Noto uma estabilização no setor e já começamos a recontratar operários que haviam sido demitidos”, disse Tom Murphy, presidente de uma das maiores construturas de Miami. No ano passado, a firma dispensou 70% de seus empregados, mas ninguém acredita que haverá novos cortes este ano.
A situação do emprego, porém, ainda é crítica. Só no estado há mais de um milhão de pessoas sem trabalho (250 mil só no sul da Flórida) e mesmo a construção civil perdeu um em cada três funções que existiam até três anos atrás. De acordo com estatísticas oficiais, existem cerca de 360 mil trabalhadores deste setor atualmente empregados na região.
Não há dúvidas de que o caminho para a retomada do crescimento é longo, mas – como a construção civil exerce papel fundamental na sociedade – o governo tem sinalizado com boas notícias, especialmente com projetos de construção, revitalização e infraestrutura em determinadas áreas de Miami-Dade e Broward. “O governo precisa gastar dinheiro para construir novas rodovias e pontes, mas também tem que liberar crédito para a população e empresas. Senão, todos estes trabalhadores vão continuar desempregados”, resumiu Len Mills, vice-presidente da entidade que congrega os empreiteiros do estado.
