Uma porta-voz do Conselho Mundial de Viagens e Turismo disse que os problemas enfrentados pelo setor aéreo no Brasil não deverão afetar o turismo no país no longo prazo.
Segundo a porta-voz Luise Oram, experiências passadas mostram que interrupções no tráfego aéreo não deixam uma má-impressão duradoura nos turistas.
“O setor se recuperou mesmo depois dos alarmes em Londres”, disse ela à BBC Brasil, se referindo às ameaças de bomba que paralisaram os aeroportos britânicos em agosto do ano passado.
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (World Travel and Tourism Council ou WTTC, em inglês) representa a indústria global do turismo.
Brasil em alta
A organização publicou no final de março um relatório que prevê que o setor turístico brasileiro deverá crescer por volta de 7,2% em 2007, atingindo um faturamento total de US$ 79,3 bilhões.
Na próxima década, a taxa de crescimento anual média do turismo no Brasil deverá ficar por volta de 5,6%, acima da média mundial de 4,3%.
O presidente do WTTC, Jean-Claude Baumgarten, elogiou o governo brasileiro ao apresentar o relatório.
Baumgarten disse em nota à imprensa que o governo “tratou com sucesso de uma longa lista de questões administrativas como incentivos a investimentos e segurança”.
Agências tranqüilas
Segundo Luise Oram, os atuais problemas no tráfego aéreo brasileiro “não deverão diminuir o ritmo do crescimento do turismo no país”.
Agências de viagens européias ouvidas pela BBC Brasil concordam com o Conselho Mundial de Turismo.
“Até agora não tivemos muitas reclamações de clientes”, diz Antje Guenther, porta-voz da DER, uma das maiores redes de agências de viagens da Alemanha.
Ela não acha que as interrupções nos vôos brasileiros afetarão as reservas para o Brasil.
Esta também é a opinião de Anke Bergmeier, da agência Viventura em Berlim, especializada em viagens para o Brasil e América do Sul.
“Por enquanto está tudo tranqüilo”, diz ela.