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Crise dos alimentos pode atingir um bilhão de pessoas

Países mais atingidos são da América Latina e África. ONU garante mais de $1 bilhão para fundo da fome

A crise provocada pelo aumento do preço dos alimentos ameaça especialmente os habitantes de países da América Latina e da África, mas segundo o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, o fenômeno pode empurrar 100 milhões de pessoas para a pobreza em todos os continentes. Em meio à crise, o banco identificou os 20 países mais vulneráveis e que demandam uma ação imediata e entre eles estão o Haiti, o Tadjiquistão, Bangladesh, Honduras, o Afeganistão, o Quirguistão e o Iêmen, entre outros.

Zoellick afirmou, em um discurso proferido durante a cúpula realizada em Roma para debater a crise mundial dos alimentos que 30 milhões de africanos podem atingir níveis abaixo da linha da pobreza. A situação é tão grave que a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a remoção de barreiras comerciais como forma de evitar um surto de fome que pode afetar quase 1 bilhão de pessoas. “Nada é mais degradante que a fome, especialmente quando produzida pelo homem”, disse o secretário-geral da entidade, Ban Ki-Moon. A entidade garantiu a doação de 1,2 bilhão de dólares em ajuda alimentar.

Por sua vez, Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, o órgão da ONU para alimentação e agricultura, disse que os países ricos têm gasto bilhões de dólares em armas e desperdiçado alimentos que poderiam servir para populações mais pobres. Especialistas afirmaram que a disparada recente dos preços dos alimentos ocorreu devido a uma combinação de vários fatores, entre os quais safras ruins, estoques baixos, custo elevado dos combustíveis e uma maior demanda por alimentos na Índia e na China.

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