Histórico

Cuidar de idosos vira bom negócio no Brasil

Empresa americana investe em atendimento aos idosos brasileiros em suas casas

Eduardo Chvaicer ao lado de seu pai que inspirou seu negócio
Eduardo Chvaicer ao lado de seu pai que inspirou seu negócio

Quando a mãe do brasileiro Eduardo Chvaicer morreu, ele percebeu que a saúde de seu pai, então com 79 anos, deteriorou rapidamente.
Depois disso, o mal de Alzheimer levou embora o pouco de disposição que ele tinha. O que era para ser um caos no dia a dia de Chvaicer foi na verdade uma oportunidade para criar seu negócio, uma franquia da empresa americana Right at Home que oferece cuidadores de idosos.

“Quando eu me dei conta dessa situação, pensei: Quem vai cuidar de mim? Quando eu tiver 85 anos, minha única filha terá 45 e estará no auge de sua carreira, cuidando de filhos pequenos,” disse Eduardo. “Será muito difícil para ela cuidar de mim”, acredita o empresário.
Com a experiencia em cuidar do pai, Eduardo abriu o primeiro escritório em 2010 na cidade de São Paulo, sendo a primeira franquia da empresa americana no Brasil. Três anos depois, a empresa tem 35 funcionários que ao todo oferecem mais de 90 mil horas de serviços em casas de clientes. O empreendimento deu certo e agora a matriz americana está de olho no Brasil e planeja expandir para 25 a 30 unidades nos próximos cinco anos. O alvo é o Rio de Janeiro e Brasília. “Eu acredito que caiba 200 franquias no Brasil”, avalia Eduardo.

As estatísticas brasileiras apontam que o país terá a sexta maior população idosa do mundo em 2025, só nos últimos 40 anos o crescimento no número de pessoas acima de sessenta anos cresceu 500%. O que representa a necessidade crucial de cuidados para esses cidadãos idosos que estão vivendo cada vez mais.

“Vi que faltava no Brasil um serviço de cuidadores que fosse sério e professional”, disse Eduardo Chvaicer. “Conhecendo a Right At Home, seus princípios, ética e seriedade, vi que seria a melhor opção. E isso foi a união de interesses comuns, pois a Right at Home estava iniciando seu projeto de expansão internacional e demonstrava interesse pelo desenvolvimento econômico do Brasil e pelo enorme potencial desse país”, esclarece.

O que chamou a atençao de Chvaicer foi a receptividade dos idosos e das famílias e a melhoria na qualidade de vida de quem fica em casa ao invés de ir para um asilo.”É fundamental e certamente a melhor opção. A casa é o ambiente conhecido, familiar, e mesmo que o idoso já não reconheça mais onde está, sempre poderá haver momentos de lembrança”, disse Chvaicer. “Mas é claro, deve ficar em casa se houver condições físicas para isso, e um cuidador pode prolongar essa permanência e dar mais qualidade de vida a esse idoso”, lembra.

Para abrir a franquia no Brasil, Chvaicer teve que fazer algumas adaptações de acordo com a cultura e legislação brasileira, mas valeu a pena. “A demanda só aumenta”, disse.

A empresa também representa o incremento em um novo ramo de atividade, os cuidadores de idosos. Edna Maria Freitas Pinheiro, de 44 anos, conseguiu uma vaga há dez meses e comemora o emprego. “Esse trabalho significa uma realização pessoal para mim, porque gosto de cuidar. Tenho outros trabalhos, mas eu realmente sinto a necessidade de cuidar de pessoas”, disse.

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