Histórico

Dallas é a 1ª cidade dos EUA a aprovar lei antiimigração

Município endurece contra proprietários de terras que empregarem ilegais

Líderes de Dallas aprovaram unanimemente novas medidas antiimigração na noite desta segunda-feira, incluindo a que torna o inglês a língua oficial. Por seis votos a 0, o conselho da cidade aprovou multa para proprietários de terras que empregarem imigrantes ilegais e decidiram permitir que autoridades locais investiguem suspeitos para descobrir de qual país eles são e qual sua situação perante a imigração.

Com isto, Dallas se tornou o primeiro município no Texas a endurecer as medidas contra a imigração. Mais de 50 ligas de municípios discutiram leis similares. Tais medidas podem criar diversos problemas para famílias latinas, que traçam suas rotas a partir da cidade para outros locais do Estado.

A votação aconteceu após membros do conselho reunirem-se durante todo o dia com o procurador da cidade e discutirem a legalidade das propostas. Opositores enviaram ao prefeito nesta segunda um abaixo-assinado com 80 assinaturas.

“Isto vai contra a fibra desta nação” disse Mike Ghouse, criador da Fundação para o Pluralismo. Bill Moses, membro do conselho, culpa o que ele chama de lei federal inadequada para forçar seu voto.”Eu sinto muito que o governo federal tenha nos colocado nesta posição”, disse.

Procuradores da Defensoria de Mexicanos Legais nos Estados Unidos e do Fundo Educacional encontraram-se com o conselho e disseram que as medidas propostas, se aprovadas, poderão violar as leis federais.

As regras podem forçar que donos de negócios e proprietários de terra avaliem os documentos de imigração para determinar se a pessoa está legalmente no país, disse Marisol Perez, advogada do grupo. “Vocês estão colocando eles no mesmo patamar que oficiais da imigração”, ela disse para os membros do conselho.

O debate local sobre imigração ilegal começou em agosto e incendiou os ânimos de ambos os lados. Apoiadores dizem que as medidas são necessárias porque as leis federais são falhas. Mas opositores argumentam que as propostas podem levar a discriminação e ao racismo.

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