Presidente do Brasil fala duro na Assembleia Geral da ONU e defendeu a política comercial adotada pelo País
Dilma Rousseff e Barack Obama na Assembleia Geral das Nações Unidas
A presidenta Dilma Rousseff, em visita a Nova York esta semana, reagiu, a acusação do governo dos Estados Unidos que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos seus produtos. Dilma ressaltou que todas as decisões adotadas no Brasil são respaldadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Ela negou irregularidades ou desvios de conduta. Dilma veio aos Estados Unidos para discursar na abertura da 67ª Assembléia Geral das Nações Unidas. Apesar de não ter uma reunião formal com o presidente americano, Barack Obama, os dois se encontraram durante o primeiro dia dos trabalhos.
Dilma ainda condenou a desvalorização artificial da moeda norte-americana que afeta os países em desenvolvimento, principalmente o Brasil. O protecionismo deve ser combatido, pois confere maior competitividade de maneira espúria, disse a presidenta, que abriu a Assembléia Geral das Nações Unidas.
Durante seu discurso, Dilma lembrou ainda que as dificuldades, que citou há um ano, quando abriu a 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas, ainda permanecem apenas com algun novos contornos. Em uma crítica aos líderes políticos dos países europeus e dos Estados Unidos, a presidenta disse que as principais lideranças ainda não encontraram o caminho para articular alternativas para a economia associadas à inclusão social.
A presidente também defendeu a busca por uma solução negociada e pacífica para o fim da crise na Síria. Em discurso, Dilma condenou as propostas de intervenção militar no país. Porém, ressaltou que as responsabilidades sobre os 18 meses de conflitos, que causaram mais de 25 mil mortes, recaem sobre o presidente sírio, Bashar Al Assad, e também a oposição.
Quanto a América do Sul, mesmo sem mencionar diretamente o Paraguai, que foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil se empenha em favor da democracia e da paz na região. Dilma disse que a integração de uma região depende necessariamente do respeito à democracia.