Histórico

Eleição será marcada por nomes bizarros

Entre os candidatos estão Bin Laden, Berinjela, Meleca e Maradona. Objetivo é chamar a atenção do eleitor

Nas próximas eleições, alguns candidatos querem se destacar pelo inusitado – não em suas plataformas políticas, mas nos próprios nomes. Mais uma vez, os políticos de nomes bizarros estarão representados nas cédulas de votação e entre os concorrentes estão os homônimos de celebridades, os que usam apelidos exóticos e até os que apelam para referências escatológicas. O objetivo é um só: escolher uma marca que possa ficar na cabeça do eleitor.

Por isso, São Paulo, apenas para citar o maior colégio eleitoral do País, poderá ter na Câmara a partir do ano que vem o Obama, Bin Laden e o Maradona do Brasil, caso sejam eleitos. “A nossa biografia é idêntica. Somos advogados, religiosos, temos duas filhas e temos a mesma altura. Temos um contato espiritual”, acredita Ananias Rodrigues da Silva, o “Obama Brasil”, que nas horas vagas atua como cover do presidente dos Estados Unidos.

No cardápio do eleitor, também não faltam frutas e outros alimentos, como Suellem Aline Silva, que prefere ser conhecida como “Mulher Pera” porque tem cintura fina e quadril largo. Já Agenor Hermógenes Júlio tem uma explicação direta para a opção pela alcunha de ‘Bisteca’: “meu nome é normal, mas Bisteca é marcante”. Não podemos esquecer do Berinjela e do Frangão, que esperam captar votos por serem diferentes.

Mas ninguém conseguiu superar Ailton Alves da Silva, que se registrou como ‘Meleca’ e já anunciou o seu slogan de campanha: “Vamos tirar as melecas das ruas”. Outros concorrentes de peso são o Maluco Beleza e o Josué Topa Tudo, nomes que se adequam com perfeição à classe política brasileira.

Segundo o cientista político Humberto Dantas, a opção por nomes exóticos não é uma particularidade brasileira. “Isso existe em todo lugar e a reforma política não vai resolver essa questão”, disse o especialista, que não aposta no sucesso destes candidatos – a porcentagem de votos recebida por conta do nome incomum é bastante pequena e rende apoio apenas na faixa do eleitorado que tem como intuito levar a eleição na brincadeira.

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