Histórico

Empresas pressionam por aumento de vistos H1B

Objetivo é manter a competitividade da economia dos EUA, segundo Robert Hoffman (foto), que lidera o movimento

Temendo uma nova redução no número de vistos para trabalhadores qualificados, os empresários – especialmente da área tecnológica – estão pressionando o governo dos Estados Unidos a rever a cota de 65 mil unidades, que começa a ser disponibilizada no dia 1º de abril. O objetivo, segundo os executivos, é manter a competitividade da economia norte-americana.
A expectativa é que a cota para o ano fiscal 2008/2009, com início em outubro deste ano, seja preenchida em apenas um dia, como aconteceu em 2007. De acordo com Robert Hoffman, vice-presidente da Oracle, gigante da informática, e também um dos diretores da coalizão de empresários, a demora do Departamento de Imigração em ampliar este número pode causar enormes prejuízos às empresas e ao país como um todo. “Apenas 65 mil vistos é quase nada. Muitas empresas terão que ficar até outubro de 2009 sem contratar profissionais qualificados, o que é inaceitável”, disse Hoffman.
Ele aproveitou para citar um estudo recente conduzido entre as 500 maiores empresas americanas: “A intenção destas organizações é contratar pelo menos 140 mil trabalhadores qualificados. Portanto, este não é um problema específico da área de informática ou mesmo das empresas aéreas, mas sim um problema nacional”, acrescentou Hoffman. Até mesmo Bill Gates, dono da Microsoft, afirmou que as empresas de alta tecnologia estariam pensando em transferir as suas sedes para outros países para fugir das restrições imigratórias.
No entanto, com a alta taxa de desemprego, os legisladores do país se recusam a aumentar a cota dos vistos H1B. “Os Estados Unidos conquistaram o primeiro lugar na economia mundial graças aos seus profissionais qualificados, mas o nível de qualificação estancou nos últimos anos”, advertiu Jacob Kierkegaard, pesquisador da Peterson Institute for International Economics, concluindo que a retomada do crescimento passa, necessariamente, pela reforma da política de imigração.

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